27 de novembro de 2013

Herança do Senhor

“Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá” (Salmo 127:3). 

Sabemos que muitos conceitos quanto ao planejamento familiar tem sofrido mutações ao longo do tempo.
A ideia de famílias sem filhos são cada vez mais vistas.
Mas isso não ofusca a beleza do milagre da procriação!
É notório também que muitas famílias investem o que podem para terem filhos.
Um filho é um bem de valor inestimável!
No passado, ter filhos era ser alguém próspero, abençoado e favorecido por Deus!
E, por causa disso, o casamento de Elcana e Ana não era um casamento feliz! (ver 1 Samuel 1).
Ana era estéril, não podia ter filhos.
Mesmo com a dedicação de um marido amorável, Ana se consumia em lágrimas pela ausência de um filho!
Quanto vale um filho? É impossível mensurar essa dádiva!
Em Roma Antiga havia o Pátrio Poder.
O pai podia vender a mulher, filhos, escravizá-los ou castigá-los até a morte.
Havia também o ritual da aceitação.
O filho que nascia era colocado aos pés de seu pai.
Se o mesmo levantasse e se inclinasse era porque o aceitava.
Às vezes, o pai dava meia-volta abandonando o filho.
Hoje, melhoramos muito, mas ainda existem pais que abandonam ou não reconhecem seus filhos.
Muitos tem negligenciado o valor de um filho!
Mas voltando à nossa história, somente Deus podia corresponder aos anseios de Ana.
Deus não é indiferente aos nossos clamores!
“Por esse menino orava eu; e o Senhor me concedeu a petição que eu lhe fizera. Pelo que também o trago como devolvido ao Senhor, por todos os dias que viver, pois do Senhor o pedi. E eles adoraram ali o Senhor” (1 Samuel 1:27 e 28).
Samuel veio em resposta à oração de Ana, sua mãe.
Samuel veio para dar alegria àquele lar, preencher um vazio que existia naquela família.
Ana compreendia a sua incapacidade em gerar uma nova vida.
Todo nascimento de uma criança é um milagre divino.
Mas Ana apresenta uma atitude digna de admiração.
Ana devolve Samuel a Deus!
A grandeza de Deus é algo tão transcendente que temos dificuldades em administrar as coisas que são concedidas para o nosso benefício.
Filhos são herança do Senhor!
E o que mais vemos são heranças escorrendo pelo ralo por falta de sabedoria em sua administração.
Ana e seu esposo foram ao templo e dedicaram a Deus o seu filho Samuel.
O amor e a alegria do coração de um pai e de uma mãe não pode encontrar melhor expressão do que dedicar seu filho ao Senhor.
Filhos são herança do Senhor, não pertencem aos pais!
São concedidos como alto privilégio!
Porém, todo privilégio traz uma responsabilidade!
E sempre caímos na tentação de pensar que os filhos são nossos!
Não devemos cria-los sob nossa perspectiva, mas sob a ótica de Deus, a quem verdadeiramente pertencem.
Cada filho recebido é uma página em branco na qual você ajudará a escrever uma história.
Os filhos devem ver nos pais a expressão real do caráter de Deus!
“A melhor prova do cristianismo de uma casa é o tipo de caráter que está sendo gerado pela sua influência.” (Patriarcas e Profetas, p. 579).
Os pais são representantes de Deus na obra de prepararem seus filhos para esta vida e a vida futura.

Um recadinho aos papais:
“Seja qual for o caráter de sua atividade, não é de tão grande importância que lhe sirva de escusas por negligenciar a obra de educar e preparar seus filhos a fim de se conservarem no caminho do Senhor” (O Lar Adventista, p. 221).

Um recadinho às mamães:
“Talvez o seu nome jamais apareça nos anais da História nem receba honra ou aplauso do mundo, mas é imortalizado no livro de Deus. Ela está fazendo o que pode, e sua posição à vista de Deus, é mais elevada do que a de um rei em seu trono; pois está lidando com o caráter e modelando inteligências” (Fundamentos da Educação Cristã, p. 158 e 159).

Deus não tem apenas direito sobre os nossos filhos, mas Ele também necessita deles!
Todos nós nascemos como um milagre, mas também com um propósito!
Deus precisa de nossos filhos para refletir o caráter de quem os criou.
Salomão já havia escrito: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Provérbios 22:6).
Filhos são herança do Senhor!
Heranças tem sido desperdiçadas e negligenciadas.
Heranças existem para serem multiplicadas e bem cuidadas.
Heranças existem como legados a serem transmitidos para gerações posteriores.
Os filhos são entregues aos seus pais como um precioso depósito, o qual Deus requererá um dia de suas mãos.

Pense nisso!

21 de novembro de 2013

Alegria no Senhor

“Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente”. 
(Habacuque 3:17-19)


O que fazer quando tudo parece desabar em sua volta?
É possível sorrir quando as coisas parecem não dar certo?
O profeta Habacuque viveu numa época em que a violência e a injustiça eram a tônica de seus dias.
Pior ainda é quando Deus parece estar em silêncio.
A exemplo dos dias de Habacuque, a vida não tem sido fácil para muitas pessoas.
São lutas, injustiças, adversidades tremendas que temos que enfrentar.
Gostei dessa frase: A vida é como uma cana: só dá açúcar depois de passar por grandes apertos”.
Em nossa caminhada aqui temos sido confrontados por grandes dificuldades.
E muitas vezes Deus parece estar silencioso.
O professor sempre estará em silêncio quando um teste é dado e se Deus está silencioso em sua vida agora, pode ser um teste de fé.
Alguém disse: “Vou comprar um relógio cujo ponteiro pule as horas difíceis”.
Lamento informar que esse relógio não existe!
“O justo viverá pela sua fé” (Habacuque 2:4).
Dwight Moody disse: “Um pouco de fé vai elevar a sua alma até ao céu, mas muita fé vai trazer o céu para sua alma”.
“Essa é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” (1 João 5:4).
“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus...” (Hebreus 11:6).
Nos dias do profeta Habacuque, numa economia totalmente agropastoril, pensar na escassez das colheitas e do pasto e manter firme a fé em Deus podia parecer loucura.
Pior ainda é manifestar alegria num quadro tão adverso.
Mas quando a nossa confiança está em Deus, podemos ter alegria.
Paulo disse: “Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” (Filipenses 4:11).
A nossa fortaleza é o Senhor e nossa vitória não está em nossa força, nem em nossos méritos.
“As dificuldades que parecem tão enormes, que vos enchem de terror a alma, se desvanecerão ao avançardes no caminho da obediência, confiando humildemente em Deus” (Ellen White, Patriarcas e Profetas, p. 437).
Muitas pessoas devem a grandeza de suas vidas aos problemas e obstáculos que tiveram de vencer.
Assim como o caos tumultuado de uma tempestade traz uma chuva nutritiva que permite à vida florir, assim também nas coisas humanas tempos de progresso são precedidos por tempos de desordem.
O sucesso vem para aqueles que conseguem sobreviver à crise.
“A fé que fortaleceu Habacuque e todos os santos e justos naqueles dias de grande provação, é a mesma que sustém o povo de Deus hoje. Nas horas mais escuras, sob as mais proibitivas circunstâncias, o cristão fiel pode firmar-se sobre a fonte de toda luz e poder. Dia a dia, pela fé em Deus, sua esperança e ânimo podem ser renovados” (Ellen White, Profetas e Reis, p. 386, 387).
Deus promete as alturas para os filhos que lhes são fiéis, assim como os pés da corça são rápidos e seguros sobre os caminhos traiçoeiros das montanhas.
“Pois a Terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Habacuque 2:14).

Que a sua alegria e a sua confiança estejam sempre no Senhor!

14 de novembro de 2013

O Poder da Influência

A Bíblia nos conta que Jesus nasceu em Belém (Lucas 2:1-5), porém a sua cidade de criação foi Nazaré (Lucas 4:16).
Foi em Nazaré que Jesus viveu por três décadas.
As pessoas de Nazaré conheciam bem quem era Jesus.
Eles viram Jesus brincando como outros meninos, viram seus costumes e suas manias.
Eles viram Jesus calejando suas mãos numa marcenaria, entregando móveis que haviam sido encomendados.
Eles viram as dificuldades financeiras dos pais de Jesus para o sustento da família.
E tudo aquilo com que convivemos nos torna algo comum.
O perigo de olharmos alguém como comum é nos esquecermos de suas qualidades e virtudes.
Toda Nazaré conhecia bem a Jesus e sua família.
Jesus para eles era uma pessoa comum.
Até hoje, muitos tem tentado diminuir a influência de Jesus, rotulando-o de pessoa comum.
Dan Brown, em Código Da Vinci (2003), escreveu que Jesus casou-se com Maria Madalena e teria tido uma filha.
Jesus, aquele que era comum para Nazaré, precisava iniciar um Ministério que duraria três anos e meio.
Conforme a profecia de Isaías 9:1-7, Jesus iniciaria seu ministério na região da Galileia e, por isso, mudou-se de Nazaré.
Depois de algum tempo, Jesus voltou a Nazaré e, num Sábado, como era seu costume, deram-lhe a oportunidade para ler a Palavra.
E o texto-base para o sermão de Jesus foi Isaías 61:1 e 2:
O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus”.
Estas passagens falavam do Ministério que Jesus realizaria a partir daquele momento.
Pensem comigo.
Jesus era Deus, mas para Nazaré não passava de uma pessoa comum.
Todos ali o conheciam desde a sua infância.
Os que iam à igreja sabiam da profecia que Jesus mencionara.
Mas todos esperavam uma pessoa pomposa de Jerusalém, não alguém que lhes fosse comum.
Na verdade, Nazaré era tão mal afamada que nem seu povo dava valor aos próprios filhos da terra.
Mesmo com tantos motivos negativos contra Jesus, a sua mensagem era tão envolvente que todos se maravilhavam de suas palavras (Lucas 4:22).
Nossa atitude quando vamos a uma igreja deveria ser de sermos influenciados e não de influenciar.
A influência é uma arma muito poderosa que pode ser usada para o bem e para o mal.
A influência positiva das palavras de Jesus, logo se mudou quando Jesus se autodenominou como o cumprimento daquela profecia (Lucas 4:21).
O brilho das palavras se ofuscaram no coração do povo porque o “especial” Jesus era um “comum” para o povo de Nazaré.
Diziam em público: “Não é este o filho de José?” (Lucas 4:22).
Mateus relata “Não é este o filho do carpinteiro” (Mateus 13:55).
Todas estas palavras foram ditas em público para desprezar Jesus e influenciar aos ouvintes.
Jesus ainda falou dos conceitos errados e preconcebidos pelo povo como: “Médico, cura-te a ti mesmo” (Lucas 4:23), que nenhum profeta é bem recebido em sua terra (Lucas 4:24), fundamentando-os na história de Elias, que foi enviado à viúva de Sarepta em tempos de fome e em desprezo às viúvas de Israel, e, na história de Eliseu, que curou o leproso siro Namã e não os leprosos de Israel.
Mas a influência negativa estava instalada e se anjos não agissem, Jesus teria sido morto ali, antes de chegar ao calvário.
O poder da influência.
É mais fácil influenciar para o mal do que para o bem.
Que tipo de influência você passa para as outras pessoas.
Você exalta a salvação de Jesus ou atenta contra a vida dEle nos corações das pessoas?
Temos uma grande responsabilidade.
Você vai a uma igreja para ser influenciado e não para influenciar.
Fora dela você é um influenciador.
Só que os papéis tem se invertido.
Queremos influenciar na igreja e não permitimos ser influenciados e, fora dela, somos influenciados por tantas coisas, justamente no lugar que deveríamos influenciar.
Que contraste!
Se compararmos os textos de Isaías 61:1-2 e Lucas 4:18-19 perceberemos que Jesus omitiu a última parte do verso 2, do capítulo 61 de Isaías que diz: “...o dia da vingança do nosso Deus...”.
Deus se vingará de quem? De seus inimigos.
Se Jesus dissesse, além do que havia sido lido por Ele, que naquele momento havia chegado o dia da vingança do nosso Deus, quem seriam os inimigos de Deus?
Seria justamente aquele povo que atentou contra a vida do filho de Deus.
Portanto, Jesus omitiu a vingança para revelar Sua graça e misericórdia.
A graça e a misericórdia de Jesus ainda são vigentes para que você não O despreze como alguém comum, mas para que você O aceite como o aquele que pode influenciar a sua vida.

11 de novembro de 2013

Adoração

Vivemos em um mundo onde se adora e se idolatra a quase tudo e todos.
Adora-se um bicho de estimação, um perfume, um sanduíche, um programa de TV.
A Bíblia nos diz em Apocalipse 19:10 “adora a Deus...”.
Mas o que significa “adoração”?
O dicionário Aurélio define “adoração” como “render culto a uma divindade, reverência, veneração”.
Mas quem tem dignidade e mérito para ser adorado?
Deus tem toda a dignidade e mérito pelo seu ato criador e redentor.
Filipenses 2:9-11: diz Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.
A adoração é a mais pura evidência de que já estamos salvos.
Adorar autenticamente não é simplesmente dirigir palavras, cânticos ou pensamentos a Deus, mas termos o nosso coração compenetrado nEle.
Se for sincero o nosso propósito de adoração, esvaziaremos de nós mesmos e jamais desejaremos ser o centro de nossa existência.
Ellen White disse: “Quando formos capazes de compreender o caráter de Deus como Moisés, também nós nos daremos pressa em curvar-nos em adoração e louvor” (Conselho aos Pais, Professores e Estudantes, p. 30).
A oração que somente se encarrega de pedir não demonstra adoração.
Uma oração que retrata adoração é aquela que reconhece acima de tudo o poder, a grandeza e a soberania de Deus.
Este sentimento natural deveria ser o primeiro a ocupar o pronunciar de nossas preces.
Se a adoração for o alicerce de nossas orações, nossas necessidades serão simplesmente consequências.
Devemos louvar a Deus não pelos seus presentes, mas pelo que Ele realmente é.
Se o foco de nosso louvor e de nossas orações forem os presentes de Deus, certamente estaremos nos colocando no centro.
A adoração não é algo casual.
A adoração não é uma obrigação.
A adoração é um privilégio!
No Novo Testamento a palavra grega para “adoração” é “proskuneo” que significa “prostrar-se aos pés”.
Isso nos mostra que a adoração não é somente um ato racional ou privativo.
A adoração é também AÇÃO.
Lawrence R. Axelson disse: “A adoração é para a vida cristã o que a corda é para o relógio”.
A adoração é o reconhecimento de estarmos na presença de alguém infinitamente maior que nós.
Por que Deus requer a nossa adoração?
Quero enumerar pelo menos dois motivos.
Primeiro. Deus não é carente e nem precisa ter a sua personalidade afirmada.
A adoração jamais terá o poder de mudar a Deus, mas muda quem nós somos.
O maior beneficiado na adoração não é Deus quem a recebe, mas sim aquele que a presta.
Roswell C. Long disse: “A adoração liberta a personalidade, conferindo uma nova perspectiva à vida, integrando-a às diversas maneiras de viver. Ela ainda traz à vida as virtudes da humildade, lealdade, devoção e retidão de atitude, renovando e reavivando o espírito”.
Segundo. Vivemos num grande conflito que um dia começou no céu, mas que hoje se trava em cada coração e em cada consciência.
A adoração será fator determinante na posição em que cada um de nós estará ocupando nos últimos momentos da história deste mundo.
Ou seremos adoradores do Deus criador de todas as coisas (Apocalipse 14:7) ou seremos adoradores da besta e de sua imagem (Apocalipse 14:11).
Não existe uma possibilidade intermediária!
Hoje temos a ampla liberdade de adorarmos a Deus com toda a força de nosso coração.
Mas chegará o momento em que não teremos mais liberdade para adorarmos a Deus publicamente.
Ellen White disse: “É um erro grave negligenciar a adoração pública de Deus. Os privilégios do culto divino não devem ser considerados levianamente. Os que assistem aos doentes encontram-se muitas vezes impossibilitados de desfrutar desses privilégios, mas devem ser cuidadosos em não deixar de frequentar, sem razão plausível, a casa de oração” (A Ciência do Bom Viver, p. 511).
A adoração nos dias presentes é um exercício contra a apostasia nos momentos que dentro em breve chegarão.
Hoje, não basta ser torcida ou expectador.
Ellen White escreveu: “Somente a adoração realizada em sinceridade, com um coração contrito e humilde, é aceitável a Deus” (MM ‘Olhando Para o Alto’, p. 67).
Meu desejo é que você possa fazer da adoração algo real na sua vida.
Porém, a adoração é uma atitude muito pessoal.
Nós precisamos estar concentrados no que estamos fazendo.
Precisamos estar envolvidos e submissos à vontade de Deus.
Precisamos estar possuídos do poder do Espírito Santo.

Salmo 29:2 diz: “Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome, adorai o Senhor na beleza de sua santidade”.

8 de novembro de 2013

De Que Material É Sua Fé?

Porque ninguém pode colocar outro alicerce além do que já está posto, que é Jesus Cristo. Se alguém constrói sobre esse alicerce usando ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno ou palha, sua obra será mostrada, porque o Dia a trará à luz; pois será revelada pelo fogo, que provará a qualidade da obra de cada um” (1 Coríntios 3:11-13).

Sabemos que a fé é invisível e não há como se medir.
Mas se possível fosse a sua materialização, de que material seria?
Muitos diriam que valeria ouro, o metal mais precioso.
Muitos querem ter fé em várias coisas, menos em Cristo Jesus.
O único fundamento válido para a nossa vida cristã e a nossa fé é Jesus Cristo.
A fé em Cristo é uma só, mas esta pode ter variados níveis de intensidade.
E isto é determinante para o resultado de nossa experiência cristã.
A fé de muitos poderia ser comparada ao OURO.
Material de alto valor, o metal mais precioso.
No céu, nossas coroas serão de ouro e as ruas de lá também.
Outros tem uma fé de PRATA.
Metal reluzente e também muito apreciado.
Seu uso se dá em finíssimos ambientes.
Antigamente era valiosíssima moeda.
Apenas 30 foram suficientes para vender Jesus (ver Mateus 26:15).
Outros tem a fé de PEDRAS PRECIOSAS.
Estas ostentam a vaidade de muitos, no entanto, as muralhas da Nova Jerusalém são adornadas com 12 tipos de pedras preciosas (ver Apocalipse 21:19 e 20).
Outros, quem sabe, tem a fé de MADEIRA.
Tão importante para adornar nossa casa e também a casa de Deus.
Salomão encomendou as mais finas madeiras para a edificação do templo (ver 2 Crônicas 2:9).
Madeira também usada para confeccionar a cruz que recebeu o corpo de Jesus Cristo.
Muitos tem a fé de FENO e PALHA.
Especial para alimentar animais.

Aparentemente, todas são aceitáveis e de alguma utilidade.
Mas o texto inicial mostra dois detalhes fundamentais:
Hoje não podemos medir a fé, mas um dia a fé de cada um será revelada.
O fogo será este agente revelador.
Não adianta camuflarmos a nossa fé.
Logo mais o valor da nossa fé será revelado.
O fogo da provação demonstrará de que material é a fé de cada um.
O ouro, quanto mais quente for a temperatura, mais puro se torna.
A prata, quanto maior a chama, mais reflete a imagem do ourives.
As pedras preciosas mesmo com fogo ardente mantém inabalado o seu valor.
Já a madeira, mesmo sendo resistente, acaba sendo consumida pelo fogo.
Agora, aqueles que tem fé de palha ou feno, demonstram uma rápida desistência de seus alvos.
O fogo revelará a obra de cada um de nós.
A fé é revelada por nossas obras (ver Tiago 2:17).
A Bíblia nos mostra exemplos de homens de fé de ouro como Abraão e Jó.
Mas nos mostra também o exemplo de Adão e Eva que tiveram fé que vulneráveis folhas de figueira poderiam cobrir a sua nudez (ver Gênesis 3:7).
O fogo da provação não será maior que a intensidade que podemos suportar.
Malaquias 3:2 e 3 diz que “ele [Deus] é como o fogo do ourives” e “assentar-se-á como o derretedor da prata”.
O fogo é necessário para o nosso crescimento espiritual.
Além do fogo, o que podemos fazer para ter o crescimento de nossa fé?
A resposta está na Bíblia, em Romanos 10:17: “A fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus”.
1 João 5:4 diz: “Essa é a vitória que vence o mundo, a nossa fé”.

Dwight Moody disse: “Um pouco de fé vai elevar a sua alma até ao céu, mas muita fé vai trazer o céu para sua alma”.

4 de novembro de 2013

A Verdadeira Face da Morte

O que é a morte?
É o contrário da vida! Simples assim.
Para entendermos a morte devemos saber primeiro o que é vida.
Gênesis 2:7 nos dá a receita da formação da vida: pó + fôlego = vida.
“Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”. (Gênesis 2:7).
O homem passou a “ser” uma alma e não a “ter” uma alma.
Todos nós que estamos vivos somos uma alma.
O profeta Ezequiel disse: “a alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18:20).
Segundo a Bíblia não existe alma fora do corpo ou vida durante a morte.
O sábio Salomão, em Eclesiastes 12:7, descreve a morte como o inverso da vida: o pó voltando à terra e o fôlego voltando a Deus que o deu.
“E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Eclesiastes 12:7).
A palavra “espírito” no texto original em referência é “pneuma”, que faz-nos lembrar dos pneus ou do ar.
No mesmo livro de Eclesiastes, há a clássica confirmação de que os mortos nada sabem e de que sua memória ou qualquer sentimento jaz no esquecimento.
“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” (Eclesiastes 9:5 e 6).
Na verdade, a morte é um assunto muito debatido e muitas vezes usado de maneira distorcida.
Isto é tão verdadeiro que a morte foi o tema da primeira mentira do mundo usada pela serpente (ver Gênesis 3:3 e 4).
Deus pôs a eternidade no coração do homem (ver Eclesiastes 3:11).
O homem acha que pode ser eterno, mas de forma errônea, porque Satanás coloca isto de maneira deturpada na mente humana.
Aí você pode perguntar: e o ladrão na cruz? Jesus não disse a este que estaria com ele no paraíso naquele mesmo dia?
Vejamos Lucas 23:43: “Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso".
Parece haver um problema aqui. Estaria este único verso contradizendo todo o restante da Bíblia?
A morte por crucificação era um processo lento e penoso.
As vítimas geralmente resistiam por vários dias. Alguns chegavam a suportar a crucificação por um período de sete dias.
Costumava-se quebrar as pernas dos crucificados para acelerar o processo de morte (ver João 19:31 e 32).
Por isso, Pilatos ficou surpreso por Jesus ter morrido tão rápido (ver Marcos 15:44).
Maria foi ao túmulo domingo pela manhã (ver João 20:1).
Procurava pelo corpo de Jesus, mas não o conseguiu encontrar (ver João 20:2).
Havia alguém em pé nas sombras daquele jardim e ela pensou que fosse o jardineiro.
Maria, chorando muito, perguntou ao homem: “se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei” (João 20:15).
Aquele homem era o próprio Jesus e este lhe disse: “Maria!” (João 20:16).
Maria se lançou aos pés de Jesus e tentou abraçá-Lo, mas este a conteve e lhe disse: “Não Me detenhas; porque ainda não subi para Meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus" (João 20:17).
Se o próprio Jesus, no domingo pela manhã, ainda não tinha ido para o paraíso, como poderia ter estado lá na noite de sexta?
Não há provas de que Jesus tenha estado em lugar algum naquela sexta-feira escura.
Aquele ladrão pôde ver nos corredores do tempo o dia em que Jesus iria receber o reino que por direito Lhe pertencia.
E foi por isso que Dimas havia dito a Jesus: “Lembra-te de mim quando vieres no teu reino” (Lucas 23:42).
Aquela foi a única expressão de fé que chegou aos ouvidos de Jesus enquanto estava pendurado na cruz.
Na verdade, Jesus lhe respondeu assim: “Em verdade te digo hoje, estarás comigo no paraíso” (ver Lucas 23:43).
Por quê? Onde está a diferença?
A Bíblia foi escrita originalmente sem qualquer pontuação.
E o texto original em grego de Lucas 23:43 é o seguinte: amem soi legõ sêmeron met emou esê en tõ paradisõ”, que traduzido é “em verdade a-ti Eu digo hoje comigo tu-estarás no paraíso”.
Uma vírgula fora do lugar pode fazer toda a diferença!
Nem Jesus, nem o ladrão crucificado estiveram no paraíso naquela sexta-feira.
Jesus usou o termo “hoje” como forma de marcar as suas palavras e não a temporalidade de sua ida aos céus.
Este foi o tema da tese doutoral do Dr. Rodrigo Silva, intitulada: “Análise Linguística do Sémeron em Lucas 23:43” (Sémeron, palavra grega que significa o advérbio ‘hoje’), defendida com sucesso em outubro de 2001, na Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo (universidade católica).
Já existem traduções bíblicas como a espanhol Nueva Reina-Valera 2000 que traz Lucas 23:43 assim: “Então Jesus lhe respondeu: Eu te asseguro hoje, estarás comigo no paraíso”.
Concluímos então que a morte não significa ir para o céu, para o fogo do inferno, para o purgatório e nem para o mundo dos espíritos.
A morte significa apenas a cessação da vida até a ressurreição.
 O apóstolo Paulo descreve assim a ressurreição:

"Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor" (1 Tessalonicenses 4:16 e 17)