Bem-aventurados
os independentes, autossuficientes e emancipados, o pessoal do “eu consigo com
minhas próprias forças!”, pois deles é o reino do inferno.
Bem-aventurados
os que não choram por seu pecado, que somente expressam um arrependimento
superficial e mundano, porque seus corações serão endurecidos.
Bem-aventurados
os que têm ar de superioridade, que derrubam os outros, que têm sua própria
galera, que afirmam seus direitos, que batalham por seus próprios planos,
porque herdarão o inferno.
Bem-aventurados
os que são indiferentes à falta de piedade em suas vidas e ao seu redor, porque
eles certamente terão seu quinhão de pecado nesta vida.
Bem-aventurados
os que não têm misericórdia, que exigem que todo mal contra si seja corrigido,
que facilmente se ofendem, e que contra-atacam seus oponentes com calúnia,
fofoca, e brutalidade aberta, porque eles receberão o mesmo como troco.
Bem-aventurados
os que permitem que muitas impurezas se infiltrem em seu coração através de
meios inocentes como a televisão, a internet, relacionamentos e seus
smartphones, porque eles não verão a face de Deus.
Bem-aventurados
os que causam conflito, criam divisões, apreciam a controvérsia, colocam um
contra o outro, porque serão chamados filhos de Satanás.
Bem-aventurados
os que procuram evitar a perseguição sendo silenciosos, “inofensivos”, evitando
piedade pública, porque terão grandes mansões no inferno.
Bem-aventurados
sois vós quando os outros pensarem que vós sois fantásticos, divertidos, legais
e a alegria da festa por minha causa. Exultai e alegrai-vos, pois grande é a
vossa dor no inferno, porque assim eles trataram os ímpios por toda a história.
A cura do mal de Asafe começou no momento em que ele controlou
a sua língua.
Ele rejeitou a tentação de sair discutindo a sua
indignação.
Ellen White nos aconselha: “Quando alguém vos pergunta
como sentis, não penseis em qualquer coisa triste para contar a fim de obter
simpatia. Não faleis de vossa falta de fé e de vossas aflições e sofrimentos. O
tentador se deleita em ouvir palavras assim. Quando falais em assuntos sombrios
estais a glorificá-lo. Não podemos nos demorar no grande poder de Satanás para
nos vencer” (A Ciência do Bom
Viver, p. 253).
Podemos pecar por nossas palavras impensadas.
Temos que nos derramar a Deus, só Ele poderá nos aliviar.
De nós mesmos, jamais encontraremos respostas para as
nossas indignações.
Deus tem um plano especial e uma
resposta para a sua vida.
Todas as indagações de Asafe
cessaram quando ele adentrou no santuário de Deus (Salmo 73:17).
No santuário de Deus está a nossa
bendita esperança.
Mesmo que a presença de Satanás
faça deste mundo um lugar injusto, no santuário de Deus os ímpios são
consumidos e os fiéis perseverantes recebem o galardão.
No santuário de Deus
encontraremos respostas para os nossos porquês.
Os ímpios, mesmo com momentânea
saúde e prosperidade, enfrentarão os juízos de Deus e não prevalecerão, serão
espalhados como a palha que o vento dispersa (Salmo 1:4 e 5).
Compensa ser fiel a Deus, jamais
desvie o seu olhar dEle, contente com a sua suprema bondade.
Não se iluda com as miragens do
inimigo.
Satanás está lutando
continuamente pela sua alma.
Mesmo que o complexo de Asafe
tenha afetado você e já caminhas à beira da apostasia mental, entre no
santuário de Deus e contemple a vergonha que os ímpios passarão.
Deus é a fortaleza do teu coração
e refúgio para todas as suas dúvidas.
Terminamos o último post falando
do conflito interno que muitos sentem ao contemplarem a prosperidade dos
ímpios.
No grande conflito Satanás foi
expulso do céu e apoderou-se daquilo que, por direito, é de Deus.
Quando Jesus foi tentado, Satanás
lhe ofereceu os reinos deste mundo (Mateus 4:8).
Satanás não é dono de nada, mas
usurpa ter a posse.
A ele é atribuído o título de “príncipe deste mundo” (João 16:11).
Ao contrário de Deus, Satanás
oferece aos seus súditos grande quantidade de bens, a fim de que todos sejam
embaraçados e não sintam a necessidade de um Deus.
Sendo assim, a prosperidade do
ímpio nada mais é do que uma fraude nas mãos de Satanás.
Este enredo satânico torna-se
algo tão envolvente que nos corações dos filhos de Deus é nutrida a inveja –
sentimento satânico.
Quando nossos olhos não estão em
Deus e em sua bondade e passamos a contemplar os ímpios com inveja, corremos o
mesmo risco de Asafe, que testemunhou que seus pés quase tropeçaram e muito
pouco faltou para abandonar os caminhos de Deus.
Quando não olhamos mais para Deus e sua bondade passamos a
ver miragens.
Passamos a acreditar que os
ímpios não sofrem.
Passamos a crer que eles não tem
preocupações e não tem problemas de saúde.
Sabemos que fumam, bebem e comem
deliberadamente, mas parece não sentirem nada.
O aparente estado de saúde e
bem-estar do ímpio não se caracteriza como quaalquer vantagem.
Cada corpo tem sua maneira
peculiar de reagir a determinados estilos de vida.
Nosso modo negativo de vivenciar
as coisas pode convidar anomalias e enfermidades graves para o nosso corpo.
Os ímpios demonstram um estado de
fingimento. Satanás é o melhor professor para isto.
Os ímpios passam uma impressão de
viverem muito bem e chegam a fazer chacotas quanto ao nosso estilo de vida.
Tudo isto como uma estratégia
enganosa de Satanás, onde seu maior alvo é demonstrar uma falsa aparência de
felicidade.
Na verdade, o que existe por trás da falsa aparência de
bem-estar é um coração cheio de maldade e uma mente insana.
Nunca foi tão atual a situação de
encontrarmos pessoas caçoando de Deus.
Vivem como se Deus não existisse
e ainda querem explorar o próximo.
Enriquecem às custas dos menos
favorecidos.
Rui Barbosa disse: “De tanto
ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver
crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a ter vergonha de ser honesto”.
Esta é a triste realidade dos dias em que vivemos.
Os padrões ditados no mundo pelos ímpios, além de
impressionar o povo de Deus, tem atraído a atenção deste.
O povo de Deus tem crido na
ilusão de desobedecer a Deus a fim de obter vantagens.
Eva acreditou na serpente a fim
de obter vantagem e foi a ruína de sua vida.
O povo de Deus tem ido de
encontro à impiedade e tem crido que suas teorias são fontes que saciam a sede
dos problemas que enfrentamos.
Entram em um processo de
apostasia mental.
Até que se concretize a
consumação de uma apostasia, há algum tempo este processo já foi desencadeado na
mente.
Todo o apoio e suporte necessário
para a apostasia o inimigo prepara.
Ao primeiro gole dizem: “ninguém
está vendo, prove...”.
Todo o mundo se abre e se torna amigável a fim de nos
atrair.
Será que em algum dia não chegamos a pensar que foi perda
de tempo nos manter nos caminhos do Senhor?
Olhando para o mal chegamos à
conclusão de que não vale a pena ser fiel ou tivemos vergonha do nome de
cristão?
As queixas diárias eram
intermináveis a ponto de Deus ser um tirano?
Até quando seremos pobres
honestos castigados vivendo em meio a ricos desonestos que continuam impunes?
No próximo e último post desta
série veremos o remédio para a cura deste complexo vivenciado por Asafe.
Existem muitas perguntas difíceis
de serem respondidas e, certamente, já nos encontramos fazendo algumas destas.
Quem sabe, a mais intrigante de
todas parta do conceito de que se ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela
contém (Salmo 24:1) e, ainda, se dEle é a prata e o ouro (Ageu 2:8), porque os
ímpios prosperam cada vez mais e os filhos de Deus passam por dificuldades?
É Deus justo e amoroso agindo
assim?
A estas indagações denominaremos
de “Complexo de Asafe”, um personagem bíblico que de maneira intensa externou
estes pensamentos.
Asafe foi um músico contemporâneo
de Davi e que teve participação em doze salmos.
Asafe reconhecia a bondade de
Deus para o seu povo (Salmo 73:1).
Ele não trazia dúvidas quanto a bondade divina para
aqueles que mantém seus corações puros.
Creio que não temos dúvidas
quanto à bondade do Senhor.
O salmista Davi desafia-nos: “Oh,
provai e vede que o Senhor é bom” (Salmo 34:8).
Temos facilidade em reconhecer a
bondade de Deus, no entanto, parece que não contentamos apenas com a sua
bondade, esta nos parece limitada e insuficiente.
Todos nós carecemos da bondade de Deus, mas o que
desejamos mesmo é prosperidade.
Porventura é pecado ser próspero?
Evidentemente que não!
Homens como Abraão e Jó foram
muito prósperos. Todavia, vemos na biografia destes dois exemplos uma completa
demonstração de desapego aos bens materiais.
Abraão deixou todo o conforto de
Ur dos Caldeus para ir a uma terra desconhecida (ver Gênesis 12) e, na divisão
de terras com Ló não foi ganancioso (ver Gênesis 13).
Jó perdeu todos os seus bens sem
perder a sua fé.
A prosperidade nunca lhes foi um
empecilho na comunhão com Deus.
É pecado desejar ser próspero?
Também não, desde que este desejo não seja uma obsessão.
Abraão e Jó foram homens que
alcançaram a prosperidade como consequência.
O “complexo de Asafe” brota
justamente do âmago da prosperidade.
Sabemos que Deus é bom e, por sua
bondade, teremos a medida suficiente para o nosso viver.
A bondade de Deus nos prescreve
isto: ter a medida suficiente para viver.
Paulo disse: “...aprendi a
viver contente em toda e qualquer situação” (Filipenses 4:11).
A parábola dos talentos (Mateus
25:14-30) nos ensina que o proprietário (Deus) distribuiu a quantidade de
talentos (dons e posses) conforme a capacidade de cada servo (nós).
Deus nos conhece muito bem,
melhor do que nós mesmos, e por ser bondoso jamais colocará em nossas mãos uma
quantidade de posses ou até uma função que nos servirá de embaraço.
Os verdadeiros filhos de Deus não
mendigam o pão (Salmo 37:25).
O “complexo de Asafe” aflora no
coração humano quando deixamos de contemplar a Deus e passamos a contemplar os
ímpios.
É um grande fiasco desviar o
nosso olhar de Deus, pois perdemos o equilíbrio.
Em Deus nossos passos estarão
firmes, mas quando desviamos o olhar tropeçamos.
Quando Pedro caminhava sobre as
águas (Mateus 14:29-30), enquanto olhava para Jesus seus pés estavam firmes,
mas quando o olhar foi desviado este começou a afundar.
É enorme o risco de não olharmos
para Deus.
Por nossos olhos passa a maior
parte dos “nutrientes” que alimentam o coração.
Deus diz em Isaías 45:22: “Olhai para mim e sede salvos”.
Se olharmos para Deus o nosso
coração será alimentado com a bondade.
Olhando para os ímpios estaremos
alimentando o nosso coração com a inveja.
Só temos inveja daquilo que
vemos.
Diz o ditado “o que os olhos não
veem o coração não sente”.
Vivemos numa sociedade desigual,
onde a inveja aflora como indicativo social.
Podemos até ter o suficiente para
se viver, mas o simples fato de outros terem mais nos incomoda, ainda mais se
forem ímpios.
Na Inglaterra pessoas morrem por
esperarem um transplante.
Morrem não por falta de órgãos,
mas por falta de cirurgiões.
As pessoas preferem atividades
menos comprometedoras.
Certa vez Jesus contou a parábola
do semeador (Mateus 13:4-8).
O semeador não tinha nenhum
implemento e lançava as sementes aleatoriamente. Portanto era um serviço
pessoal.
Uma parte das sementes caiu à beira
do caminho e vindo as aves as comeram (vs. 4).
Outra parte caiu em solo rochoso,
onde a terra era pouca, as raízes não se aprofundaram e o sol queimou (vs. 5).
Outra parte caiu entre os espinhos
que, logo depois, a sufocou (vs. 7).
Até que uma parte caiu em terra
boa produzindo a cem, sessenta e trinta por um (vs. 8).
O que é a semente? Esta semente é
a Palavra de Deus e foi a mesma para
todos os solos. O que representa os solos? Os variados tipos de corações.
Quem é o semeador? Nós somos os
semeadores!
Este não se preocupou onde as
mesmas cairiam e nem se seria desperdício.
Mesmo correndo o risco do
fracasso o semeador cumpriu a sua missão.
Se Jesus contasse esta mesma
parábola hoje o seu enfoque estaria nos semeadores.
Qual é o problema do semeador? (Mateus
9:37)
Essa seara (o mundo) é muito
grande.
Deus precisa contar com
trabalhadores nesta seara.
Muitos cristãos têm vergonha de
se envolver com o Evangelismo.
A saúde de uma igreja não é
medida pelo número de pessoas que aqui entram para adorar, e sim pelo número
das pessoas que saem para pregar e servir.
Os que estão puxando os remos não
têm tempo de balançar o barco!
Paulo não tinha vergonha do
Evangelho que ele pregava (Romanos 1:16).
O mundo precisa de cristãos que
não tem vergonha do evangelho e nem é uma vergonha para ele!
O Evangelho é o poder de Deus
para todo o que crê.
Muitos gostariam de ter o poder
de Deus em suas vidas, mas este poder só será possível se você viver este
evangelho.
Qual era o modelo do trabalho
missionário de Jesus? (Mateus 9:35).
Jesus percorria cidades ensinando
e pregando. Não podemos desperdiçar oportunidades. Jesus curava doenças e
enfermidades. Nosso estilo de vida deve ser algo singular e que promova cura.
Jesus delegou isto aos discípulos
e a nós (Mateus 10:8).
Devemos repartir o que temos
recebido gratuitamente da parte de Deus.
Não somos cisternas para
acumular, mas condutos para compartilhar!
Outro modelo de pregação é com
nosso testemunho.
A pregação de que este mundo mais
precisa são os sermões em sapatos que estão andando com Jesus Cristo!
Nós somos o bom perfume de Cristo
(2 Coríntios 2:15).
Somos cartas vivas conhecida e
lida por todos os homens (2 Coríntios 3:2).
Moody disse: “De cada 100 homens,
1 lerá a Bíblia, os outros 99 lerão o cristão!”
Você poderá ser a única bíblia
que os outros lerão.
Nosso problema talvez tenha sido
o tráfico de verdades não vividas.
Pregue em todo tempo, se
necessário, use palavras!
O coração renovado pelo Espírito
de Deus dará testemunho disso!
Somos chamados a ser luz do mundo
e não pisca-piscas!
Jesus era bem sucedido porque
pregava com autoridade (Mateus 7:29).
Para isto Deus promete dar-nos
poder (Atos 1:8).
Os mangues são conhecidos como
mães das ilhas. Suas raízes partem do tronco para todas as direções. Onde
encontram solo nascem novos troncos e árvore é fortalecida e expandida.
As sementes da fruta do mangue só
caem depois de germinada e em forma de lança, formando árvores vizinhas.
As flechas que caem e não
encontram o solo, flutuarão e seguirão pela correnteza a grandes distâncias até
encontrar solo para estabelecer-se.
Devemos pregar primeiramente em
casa, para depois ganhar os vizinhos e só depois ganhar o mundo.
Se Cristo estiver em sua casa,
logo os vizinhos perceberão!
Foi por um testemunho familiar
convincente que Paulo comentou que a fé de Timóteo era sem fingimento (2
Timóteo 1:5).
Satanás não pôde impedir os
sinais naturais que antecederiam a volta de Jesus, mas a sua última esperança está
no fato de que o último sinal é a pregação do evangelho a todo o mundo (Mateus
24:14).
Deus poderia ter enviado anjos,
mas Ele preferiu correr o risco de contar com você e eu.
Pregar o Evangelho é uma
experiência marcante e inigualável.
Conforme Mateus 28:19 e 20, se
pregarmos o Evangelho o Senhor promete estar conosco todos os dias até a
consumação dos séculos.
O maior beneficiado é você!
Ainda que os recursos
tecnológicos alcance distâncias que jamais conseguiríamos atingir, isto não
substitui o poder de nosso contato pessoal em nossa esfera de atuação.
Quem não preocupa com a salvação
dos outros precisa urgentemente começar a preocupar com a própria!
O cristão existe para mudar o seu
lar e a sua vizinhança.