A Bíblia nos conta que Jesus
nasceu em Belém (Lucas 2:1-5), porém a sua cidade de criação foi Nazaré (Lucas
4:16).
Foi em Nazaré que Jesus viveu por
três décadas.
As pessoas de Nazaré conheciam
bem quem era Jesus.
Eles viram Jesus brincando como
outros meninos, viram seus costumes e suas manias.
Eles viram Jesus calejando suas
mãos numa marcenaria, entregando móveis que haviam sido encomendados.
Eles viram as dificuldades
financeiras dos pais de Jesus para o sustento da família.
E tudo aquilo com que convivemos
nos torna algo comum.
O perigo de olharmos alguém como
comum é nos esquecermos de suas qualidades e virtudes.
Toda Nazaré conhecia bem a Jesus
e sua família.
Jesus para eles era uma pessoa
comum.
Até hoje, muitos tem tentado
diminuir a influência de Jesus, rotulando-o de pessoa comum.
Dan Brown, em Código
Da Vinci (2003), escreveu que Jesus casou-se com Maria Madalena e teria tido uma
filha.
Jesus, aquele que era comum para
Nazaré, precisava iniciar um Ministério que duraria três anos e meio.
Conforme a profecia de Isaías 9:1-7,
Jesus iniciaria seu ministério na região da Galileia e, por isso, mudou-se de
Nazaré.
Depois de algum tempo, Jesus voltou
a Nazaré e, num Sábado, como era seu costume, deram-lhe a oportunidade para ler
a Palavra.
E o texto-base para o sermão de
Jesus foi Isaías 61:1 e 2:
“O Espírito do SENHOR Deus está sobre
mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados,
enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos
cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso
Deus”.
Estas passagens falavam do
Ministério que Jesus realizaria a partir daquele momento.
Pensem comigo.
Jesus era Deus, mas para Nazaré
não passava de uma pessoa comum.
Todos ali o conheciam desde a sua
infância.
Os que iam à igreja sabiam da
profecia que Jesus mencionara.
Mas todos esperavam uma pessoa
pomposa de Jerusalém, não alguém que lhes fosse comum.
Na verdade, Nazaré era tão mal
afamada que nem seu povo dava valor aos próprios filhos da terra.
Mesmo com tantos motivos
negativos contra Jesus, a sua mensagem era tão envolvente que todos se
maravilhavam de suas palavras (Lucas 4:22).
Nossa atitude quando vamos a uma
igreja deveria ser de sermos influenciados e não de influenciar.
A influência é uma arma muito poderosa
que pode ser usada para o bem e para o mal.
A influência positiva das
palavras de Jesus, logo se mudou quando Jesus se autodenominou como o
cumprimento daquela profecia (Lucas 4:21).
O brilho das palavras se
ofuscaram no coração do povo porque o “especial” Jesus era um “comum” para o
povo de Nazaré.
Diziam em público: “Não é este o filho de José?” (Lucas 4:22).
Mateus relata “Não é este o filho do carpinteiro” (Mateus
13:55).
Todas estas palavras foram ditas
em público para desprezar Jesus e influenciar aos ouvintes.
Jesus ainda falou dos conceitos
errados e preconcebidos pelo povo como: “Médico,
cura-te a ti mesmo” (Lucas 4:23), que nenhum profeta é bem recebido em sua
terra (Lucas 4:24), fundamentando-os na história de Elias, que foi enviado à
viúva de Sarepta em tempos de fome e em desprezo às viúvas de Israel, e, na
história de Eliseu, que curou o leproso siro Namã e não os leprosos de Israel.
Mas a influência negativa estava
instalada e se anjos não agissem, Jesus teria sido morto ali, antes de chegar ao
calvário.
O poder da influência.
É mais fácil influenciar para o
mal do que para o bem.
Que tipo de influência você passa
para as outras pessoas.
Você exalta a salvação de Jesus
ou atenta contra a vida dEle nos corações das pessoas?
Temos uma grande
responsabilidade.
Você vai a uma igreja para ser
influenciado e não para influenciar.
Fora dela você é um
influenciador.
Só que os papéis tem se
invertido.
Queremos influenciar na igreja e
não permitimos ser influenciados e, fora dela, somos influenciados por tantas
coisas, justamente no lugar que deveríamos influenciar.
Que contraste!
Se compararmos os textos de
Isaías 61:1-2 e Lucas 4:18-19 perceberemos que Jesus omitiu a última parte do
verso 2, do capítulo 61 de Isaías que diz: “...o
dia da vingança do nosso Deus...”.
Deus se vingará de quem? De seus
inimigos.
Se Jesus dissesse, além do que
havia sido lido por Ele, que naquele momento havia chegado o dia da vingança do
nosso Deus, quem seriam os inimigos de Deus?
Seria justamente aquele povo que
atentou contra a vida do filho de Deus.
Portanto, Jesus omitiu a vingança
para revelar Sua graça e misericórdia.
A graça e a misericórdia de Jesus
ainda são vigentes para que você não O despreze como alguém comum, mas para que
você O aceite como o aquele que pode influenciar a sua vida.
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