14 de novembro de 2013

O Poder da Influência

A Bíblia nos conta que Jesus nasceu em Belém (Lucas 2:1-5), porém a sua cidade de criação foi Nazaré (Lucas 4:16).
Foi em Nazaré que Jesus viveu por três décadas.
As pessoas de Nazaré conheciam bem quem era Jesus.
Eles viram Jesus brincando como outros meninos, viram seus costumes e suas manias.
Eles viram Jesus calejando suas mãos numa marcenaria, entregando móveis que haviam sido encomendados.
Eles viram as dificuldades financeiras dos pais de Jesus para o sustento da família.
E tudo aquilo com que convivemos nos torna algo comum.
O perigo de olharmos alguém como comum é nos esquecermos de suas qualidades e virtudes.
Toda Nazaré conhecia bem a Jesus e sua família.
Jesus para eles era uma pessoa comum.
Até hoje, muitos tem tentado diminuir a influência de Jesus, rotulando-o de pessoa comum.
Dan Brown, em Código Da Vinci (2003), escreveu que Jesus casou-se com Maria Madalena e teria tido uma filha.
Jesus, aquele que era comum para Nazaré, precisava iniciar um Ministério que duraria três anos e meio.
Conforme a profecia de Isaías 9:1-7, Jesus iniciaria seu ministério na região da Galileia e, por isso, mudou-se de Nazaré.
Depois de algum tempo, Jesus voltou a Nazaré e, num Sábado, como era seu costume, deram-lhe a oportunidade para ler a Palavra.
E o texto-base para o sermão de Jesus foi Isaías 61:1 e 2:
O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus”.
Estas passagens falavam do Ministério que Jesus realizaria a partir daquele momento.
Pensem comigo.
Jesus era Deus, mas para Nazaré não passava de uma pessoa comum.
Todos ali o conheciam desde a sua infância.
Os que iam à igreja sabiam da profecia que Jesus mencionara.
Mas todos esperavam uma pessoa pomposa de Jerusalém, não alguém que lhes fosse comum.
Na verdade, Nazaré era tão mal afamada que nem seu povo dava valor aos próprios filhos da terra.
Mesmo com tantos motivos negativos contra Jesus, a sua mensagem era tão envolvente que todos se maravilhavam de suas palavras (Lucas 4:22).
Nossa atitude quando vamos a uma igreja deveria ser de sermos influenciados e não de influenciar.
A influência é uma arma muito poderosa que pode ser usada para o bem e para o mal.
A influência positiva das palavras de Jesus, logo se mudou quando Jesus se autodenominou como o cumprimento daquela profecia (Lucas 4:21).
O brilho das palavras se ofuscaram no coração do povo porque o “especial” Jesus era um “comum” para o povo de Nazaré.
Diziam em público: “Não é este o filho de José?” (Lucas 4:22).
Mateus relata “Não é este o filho do carpinteiro” (Mateus 13:55).
Todas estas palavras foram ditas em público para desprezar Jesus e influenciar aos ouvintes.
Jesus ainda falou dos conceitos errados e preconcebidos pelo povo como: “Médico, cura-te a ti mesmo” (Lucas 4:23), que nenhum profeta é bem recebido em sua terra (Lucas 4:24), fundamentando-os na história de Elias, que foi enviado à viúva de Sarepta em tempos de fome e em desprezo às viúvas de Israel, e, na história de Eliseu, que curou o leproso siro Namã e não os leprosos de Israel.
Mas a influência negativa estava instalada e se anjos não agissem, Jesus teria sido morto ali, antes de chegar ao calvário.
O poder da influência.
É mais fácil influenciar para o mal do que para o bem.
Que tipo de influência você passa para as outras pessoas.
Você exalta a salvação de Jesus ou atenta contra a vida dEle nos corações das pessoas?
Temos uma grande responsabilidade.
Você vai a uma igreja para ser influenciado e não para influenciar.
Fora dela você é um influenciador.
Só que os papéis tem se invertido.
Queremos influenciar na igreja e não permitimos ser influenciados e, fora dela, somos influenciados por tantas coisas, justamente no lugar que deveríamos influenciar.
Que contraste!
Se compararmos os textos de Isaías 61:1-2 e Lucas 4:18-19 perceberemos que Jesus omitiu a última parte do verso 2, do capítulo 61 de Isaías que diz: “...o dia da vingança do nosso Deus...”.
Deus se vingará de quem? De seus inimigos.
Se Jesus dissesse, além do que havia sido lido por Ele, que naquele momento havia chegado o dia da vingança do nosso Deus, quem seriam os inimigos de Deus?
Seria justamente aquele povo que atentou contra a vida do filho de Deus.
Portanto, Jesus omitiu a vingança para revelar Sua graça e misericórdia.
A graça e a misericórdia de Jesus ainda são vigentes para que você não O despreze como alguém comum, mas para que você O aceite como o aquele que pode influenciar a sua vida.

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