31 de março de 2014

A Mão de Deus ao Leme

"Ele muda as épocas e as estações; destrona reis e os estabelece. Dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos que sabem discernir" (Daniel 2:21). 

Por séculos de vacilos e constantes reprovações aos olhos do criador, profeticamente, Israel foi levado cativo por Babilônia.
Uma pátria desconhecida e estranha, onde os costumes, cultura e clima eram bem diferentes do que estavam acostumados.
O Deus “Eu Sou”, o qual todos deveriam crer, era também um Deus desconhecido nesta nova pátria.
Eis aqui alguns dos vários motivos pelos quais era desolador viver em Babilônia.
Babilônia era governada por um arrogante e presunçoso rei – Nabucodonosor era o seu nome.
Babilônia era a glória de seu ego.
Os anais registram que os jardins suspensos de Babilônia é considerada uma das “sete maravilhas do mundo antigo”.
Nabucodonosor se considerou ser um tipo de “deus” ao pronunciar: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder, e para a glória de minha majestade” (Daniel 4:30).
Certa ocasião, Nabucodonosor teve um sonho, do qual não conseguiu se lembrar dos detalhes principais.
Convocou todos os magos, feiticeiros, encantadores e “sábios” de seu reino para que pudessem lembrá-lo do que tinha esquecido, sob pena de morte (Daniel 2:10-13).
Que autossuficiência! Ele havia se esquecido e os outros eram quem deveriam saber.
Estes destacados homens de Babilônia, em face ao desespero e impotência diante da situação responderam que ninguém poderia revelar, senão os deuses (Daniel 2:11).
Em primeiro lugar, reconheceram suas incapacidades, em segundo, atribuíram esta capacidade a quem não era digno [os deuses – deuses falsos], por fim, criam que Deus não morava entre os homens.
Somente Deus pode revelar todos os mistérios do universo, Ele é único e verdadeiro, se fez carne e habitou entre nós (João 1:14), deixou-nos o Consolador para acompanhar-nos por toda a nossa vida (João 16:7).
Diante deste problema, Daniel, com todas as razões para ser um desmotivado, assim como José, a menina cativa de Naamã, pensou em fazer algo bom, mesmo faltando-lhe as razões.
Muito sangue inocente seria derramado.
Às vezes, neste mundo estamos vivendo desmotivados em testemunhar a um mundo tão mal, mas os exemplos destes personagens nos mostram a importância de fazer aquilo que é bom e reto, mesmo na adversidade.
A atitude de Daniel para esta situação deve ser a atitude-chave para a vida de qualquer cristão – a oração.
A oração sincera abre as portas dos céus e são de lá que provém as bênçãos.
Muitos até oram, mas nem todas orações são atendidas.
Temos que ter um relacionamento sincero com o nosso Deus para que possamos aprender a maneira correta na qual devemos orar.
Daniel em sua oração (Daniel 2:21-23) reconhecia perfeitamente os atributos divinos e seu pedido tinha o propósito de salvação – propósito condizente com a missão do Filho de Deus (Lucas 19:10).
Deus atendeu ao clamor de Daniel, clamor este de um justo em meio a muitos ímpios.
Os cristãos são chamados nesta vida a serem o “sal da terra” (Mat. 5:13).
O sal tem a capacidade de preservar. Foi pela vida de Daniel e seus amigos que aqueles homens foram preservados.
Mas o que mais nos deve fascinar é que Daniel tinha todos os motivos para dar o seu recadinho da maneira mais simples – sem tanta autenticidade.
Daniel estava numa terra estranha, sob a subserviência de um poderosíssimo e presunçoso rei, sem nenhum suporte político.
Daniel não temeu em hipótese alguma exaltar e testemunhar do seu Deus.
Principalmente hoje, Deus ainda está ansioso que vozes se levantem em testemunho de Seu poder, de Sua obra na vida do ser humano.
Daniel podia, pela fraqueza de caráter, requerer as honras pela revelação de um fato tão importante e que envolvia tantas pessoas. Mas ainda assim, esvaziou-se totalmente de seus méritos e atribuiu somente a Deus o poder de revelar todos os mistérios e encantamentos.
Daniel então refresca a mente do rei, reproduzindo as imagens em fuga de seu subconsciente (Daniel 2:30-45).
Daniel passou a relatar o sonho de Nabucodonosor, a visão de uma grande estátua que trazia a representação fiel do que aconteceria no futuro.

A Cabeça
Feita de ouro, era Babilônia, reino que perduraria de (626-539 a.C.). Era cabeça pela capacidade intelectual de seus habitantes, dominadores das ciências astronômicas, matemáticas e por impor suas ideologias. O ouro representava o valor e a glória que Nabucodonosor conseguiu agrupar a seu reino. Porém este reino seria substituído por outros que viriam.
O Peito e os Braços
Feitos de prata, seria o reino da Medo-Pérsia (539-331 a.C.) que sucedeu Babilônia. Reino poderoso, mas sem a mesma expressão do anterior.
O Ventre e os Quadris
Feitos de bronze, representava a Grécia com todas as suas filosofias e grande concentradora da atenção em sua época de auge (331-18 a.C.).
As Pernas
Representava o reino de Roma, pernas quem sabe porque foi o reino que mais perseguiram os cristãos. Roma foi um império duro de ser combatido, duro como o ferro – material das pernas. As pernas são partes mais longas num corpo normal, coincidentemente foi o reino, dos citados, que teve maior vigência (168 a.C-476 d.C.).
Os Pés
Não houve um reino específico para suceder Roma, mas como prescrevia a interpretação, o material desta parte da imagem era ferro e barro. Materiais forte e frágil, respectivamente, e, que não se misturam. Isto representa a distribuição geopolítica mundial de nossos dias. Assim como há os países de primeiro mundo, fortes e poderosos economicamente (ferro), há também os países de terceiro mundo, subdesenvolvidos, em constantes dificuldades e que vivem em função das regras estabelecidas pelo países mais fortes. Estes países subdesenvolvidos são o barro do pé da estátua.

Sendo que todas as partes da estátua nos remetem a um tempo cronológico, é válido citar que, se pudéssemos situar-nos na imagem, poderíamos afirmar, sem dúvida que estamos vivendo “na unha da estátua”.
A esperança maior para aqueles que creem no Senhor Deus, talvez algo incompreensível para Nabucodonosor naquela oportunidade, é que todas estas fases seriam “esmiuçadas por uma pedra” (Daniel 2:34).
O vento levaria o entulho e jamais seria visto algum vestígio destes reinos.
O nosso Senhor Jesus é a rocha eterna, a pedra angular (Salmos 18:2, 118:22).
Assim como na profecia, “sem auxílio de mãos”, sem interferência do elemento humano, o reino do Senhor virá dos céus, e preencherá o vazio deixado pelo desaparecimento de toda maldade. O reino do Senhor, a pedra, se transformará numa montanha que preencherá todo o lugar vazio.
Só o reino de Deus pode preencher o vazio de seu coração.
O seu reino é eterno e duradouro como a montanha, assim também é o favor de Deus em sua vida.
Basta que você compreenda a grandeza de Seu amor. Alguém que deixou suas honras no céu a fim de compadecer-se neste mundo pelo ser humano.
O rei Nabucodonosor teve que pastar por um longo período como um animal no campo para só assim reconhecer a grandeza do Criador e Salvador de todo ser.
Mas você não precisa passar pelo que ele passou.
Entregue as veredas da tua vida ao Salvador e Ele as transformará em caminhos e canais de bênçãos para muitas pessoas.
Deus age dos mais diversificados modos, a fim de redimir sua criação.
Mas o Seu objetivo é um só – viver contigo eternamente.
Deus tem seu jeito certo agir em qualquer época neste mundo, mas muitos hesitam em dar guarida para Sua palavra.
Cultive um relacionamento sólido e sincero com o nosso Deus.
Converse com Ele, use Sua Palavra e verás que Ele é o seu melhor amigo.
Que Deus possa confirmar a decisão do teu coração.

24 de março de 2014

Dois Relatórios

Deus havia prometido a Abraão a vistosa terra de Canaã (Gênesis 13:14-18).
A promessa era extensiva à descendência deste patriarca que não teve a oportunidade de adentrar nesta terra, só seus olhos a viram.
Muitos anos depois, Moisés, líder da descendência de Abraão estaria preste a usufruir dessa aliança.
Então doze homens foram enviados a tão almejada terra, devendo trazer um relatório minucioso sobre o solo, o clima, a vegetação, além de trazer um fruto como prova veraz de seus relatórios.
Foram tragos de Canaã cachos de uvas que eram necessários dois homens para carrega-los. 
Quarenta dias de observações se passaram e aqueles doze homens voltaram incumbidos de retratar a terra da promessa.
O assunto era de interesse de todos.
Mostraram o fruto e em seguida descreveram a terra como lugar que “mana leite e mel” (Números 13:27).
O povo se empolgou, afinal foi para isso que Moisés os havia tirado do Egito.
Todos queriam o mais breve poder possuir tal terra como herança.
Porém, logo mais começou a descrição das dificuldades a serem enfrentadas.
Assim descreveu os espias, com exceção de dois: povo poderoso, cidades mui grandes e fortificadas, habitadas pelos inimigos do povo de Deus, cheias de gigantes.
O entusiasmo foi permutado pelo medo, a esperança pela incredulidade, o ânimo pela covardia.
Satanás luta em colocar estas coisas no coração do ser humano.
Foi Deus quem havia prometido esta terra, mas pelo relatório covarde de alguns homens toda a confiança se desmoronou.
É criteriosa a construção de uma confiança, mas como pode ser facilmente abalada!
Além da promessa de Deus, havia o povo já esquecido que o próprio Deus os havia miraculosamente livrado das mãos de Faraó, transposto o mar vermelho, sendo tragado pelo mar seus inimigos.
O poder de Deus é facilmente banido do coração humano quando preferimos apegar à incredulidade.
O espírito de acusação, perfil de Satanás, preenche nossa mente, assim como o povo acusou Moisés de tê-los enganados.
Preferiam descer de volta ao Egito da servidão do que subir à Canaã da gloriosa herança.
Muitos hoje preferem o Egito, o mundo da escravidão, do que o céu que nos será dado por herança.
Mas no momento mais crítico e angustiante Deus faz sua voz levantar e então Calebe, um dos doze, irrompe o tumulto e diz: “Eia, subamos e possuamos a terra, porque certamente prevaleceremos contra ela” (Números 13:30).
Mas os dez pessimistas pintaram ainda quadro mais negros sobre a terra, dizendo ser terra que devorava seus moradores e cheias de gigantes.
Quero dizer neste momento, é mais fácil acreditar na maioria, como acreditou aquele povo.
Muitos preferiram ter morrido no Egito como escravo do que requerer sua herança.
Muitos acreditam que receberão a herança do Senhor de maneira fácil.
Mas não é bem assim, a herança está garantida, mas é preciso vencer os desafios.
Muitos entusiasmam-se com o fruto, mas desanimam-se com os gigantes.
Quais são os gigantes que hoje desanimam sua subida à Canaã?
Será o gigante do comodismo, do mundanismo, das falsas amizades, da prostituição, da ignorância, da insensatez, da falta de amor, da falta de perdão, da incompreensão, da pressão de grupo, das crises nos relacionamentos, da bebida, da televisão, da internet e tantos outros gigantes que poderia enumerar.
Pode parecer difícil, mas Josué e Calebe entre os doze, preferiam enfrentar os gigantes.
É bem mais fácil se dar por vencido como a maioria.
Ser diferente, ser minoria, ser pressionado, ser ignorado, enfrentar os gigantes e ter fé na vitória faz parte da vida daqueles que se submetem àquilo que Deus já prometeu um dia.
Lembre-se que as dificuldades e intempéries valorizam nossa jornada.
Os gigantes sempre existirão para nos assombrar, mas o que Deus já fez por você é o suficiente para que tenha a confiança de nada pode prevalecer contra você.
Que os gigantes de nossa vida possam ser dissolvidos pelos méritos de nosso Senhor Jesus Cristo.

Era uma vez uma indústria de calçados aqui no Brasil que desenvolveu um projeto de exportação de sapatos para a Índia e então mandou dois de seus consultores a pontos diferentes do país para fazer as primeiras observações do potencial daquele futuro mercado.
Depois de alguns dias de pesquisas, um dos consultores enviou um fax para a direção da empresa com o seu parecer:
“Senhores, cancelem o projeto de exportação de sapatos para a Índia. Aqui ninguém usa sapatos”.
Sem saber desse fax, o segundo consultor também enviou sua opinião alguns dias depois:
“Senhores, tripliquem o projeto de exportação de calçados para a Índia. Aqui ninguém usa sapatos ainda”.
Uma mesma situação pode ser um tremendo obstáculo para alguns, mas pode ser também uma fantástica oportunidade para outros.
Há um dito que diz: “Os tristes acham que o vento geme, os alegres acham que ele canta”.
O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos.


17 de março de 2014

Seja Um Covarde!

Por que é difícil vencer a tentação?
Existe algum antídoto especial para estar imune de seus efeitos?
Primeiro, é necessário guardarmos as entradas de nossa vida.
Boca, nariz, ouvidos e olhos são órgãos essenciais por onde passa tudo o que influencia nosso cérebro.
E o mais influenciador certamente são os olhos.
Todos gostam de enxergar bem.
Os olhos são capazes de expressar emoção e sentimento.
Um olhar prende, fideliza, conquista e convence.
O olhar também pode ser uma técnica de sedução para se conquistar a pessoa amada.
Pais conseguem detectar a mentira dos filhos apenas pelo olhar.
A maior parte do que guardamos na mente é processado pelos nossos olhos.
Eles são como câmeras fotográficas que em fração de segundos e consecutivamente vão registrando quadro a quadro tudo o vemos, armazenando as imagens em nosso cérebro – nosso HD (head disk).
“E se o seu olho o fizer tropeçar, arranque-o e jogue-o fora. É melhor entrar na vida com um só olho do que, tendo os dois olhos, ser lançado no fogo do inferno(Mateus 18:9).
Este é o conselho de Jesus para nós.
Este verso nos alerta que podemos pecar apenas pelo olhar, não é necessário concretizar.
Podemos também aprender duas importantes lições:
1        Primeira: muitos perderão o céu por causa dos olhos! Segunda: arrancar o olho se necessário!
É necessário uma atitude drástica.
A Bíblia diz em Tiago 4:7: “Resisti ao diabo, e este fugirá de vós”.
Corra da tentação e não tente medir forças com o inimigo.
Parece ser o hobbie de muitos olhar vitrines.
As vitrines são atrativas, enfeitadas e muitas vezes expõem produtos em promoção.
O mundo hoje apresenta suas vitrines chamativas e enfeitadas, como as das lojas.
Mas se você não quer comprar na loja de Satanás, para que espiar suas vitrines?
O objetivo das vitrines é nutrir em seu coração o desejo de consumir o produto exposto.
Muitos se demoram e perdem tempo olhado estas vitrines, jogando conversa fora com o inimigo de nossas almas.
Ao conversarmos com o inimigo estamos dando a ele vantagem.
E isto não é uma verdade nova.
Eva resolveu jogar conversa fora com o inimigo, olhar aquilo que não era para ser olhado e sabemos o resto da história.
Para Eva, Satanás veio em aparência de uma bela serpente, hoje ele pode vir mais atrativo, atual e camuflado o máximo possível.
Não podemos lutar contra o inimigo.
Só Jesus o pode.
E o que podemos fazer é estarmos agarrados em suas mãos.
Não enfrente a tentação, seja um covarde!
Há muitos que querem medir forças com o inimigo, dizendo: “eu não caio”.
José do Egito, quando esteve de frente com a tentação disse apenas “como poderia eu cometer tamanha maldade contra meu Deus” (Gênesis 39:9).
José saiu correndo, não tentou ficar justificando ou rendendo conversa.
Com a tentação não tem conversa, saia correndo, seja um covarde.
Quanto mais perto de Jesus você estiver, mais longe de sucumbir à tentação você estará.
Quanto mais perto de sucumbir à tentação, esta será a prova de que você está distante de Jesus.
Toda tentação tem boa aparência.
Satanás nunca diz: “vai um pecadinho aí?”
Ele prepara antes uma atraente embalagem.
É lamentável que muitos estão acomodados no pecado. Caíram no conto do inimigo.
Sansão é o exemplo de alguém que deixou ser levado pela aparência e caiu no conto do inimigo.
Achou que a bela Dalila também possuísse um belo coração.
É necessário discernimento e sobriedade para decidir entre o bem e o mal.
O que preciso para ter este discernimento?
Apocalipse 3:18 nos aconselha a comprarmos colírio para que possamos enxergar: o colírio do Espírito Santo.
A pessoa que tem o Espírito Santo em sua vida não se sucumbe à dúvida, não se deixa ser enganada.
Jesus nos oferece muito para encher os nossos olhos.
Filipenses 4:8 nos diz que tudo o que é puro, tudo o que amável, tudo o que é boa fama, se isto for importante, nisto pensemos.
Quando estamos dirigindo em alta velocidade a presença de um guarda nos inibe.
Se estivemos bem perto de Jesus não sentiremos vontade de pecar.
Devemos ter cuidado com a tentação da curiosidade.
Os esquilos são animais ágeis, porém curiosos.
Seus caçadores em desvantagem com relação à agilidade, procuram chamar a atenção com cantigas de rodas em volta da árvore onde os mesmos se encontram.
De tão curiosos, acabam ficando tontos e se tornam presas fáceis aos caçadores.
Satanás quer te deixar tonto se você for curioso em querer ver suas armadilhas.
Quantos caíram por darem corda à sua curiosidade.
Seu cérebro armazena tudo o que você vê, mas ele não separa o que é bom do que é mal.
Aí você sonha, tem vontade e não sabe como.
Hebreus 12:2 diz: “olhando firmemente para o autor e consumador de nossa fé...”.
Quanto tempo você gasta olhando para Jesus? E para o restante?
Lembremos da pergunta inicial: por que é tão difícil vencer a tentação?
Talvez o problema esteja nos seus olhos.
Não quero que você decida arrancar o seu olho, mas eu tenho uma sugestão melhor.
Deus hoje te diz: “Olhai para mim e sede salvos” (Isaías 45:22).
Olhe pra Jesus!
Se você olhar para Jesus, Ele corresponderá ao seu olhar.

Se olhares para Jesus, Ele também satisfará os caminhos da tua vida.

10 de março de 2014

Vendo o Invisível

“Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno”. (2 Coríntios 4:16-18).


Você já se sentiu triste por olhar no espelho e ver que os anos não foram generosos contigo?
Após um dia de labor, o cansaço, as dores e os calos são mais visíveis que o antigo garbo?
Tens sentido o desânimo pelas dificuldades que a vida te proporciona?
Você não precisa ficar triste e desanimado!
Quando atingimos uma certa idade as marcas do tempo ficam mais visíveis em nosso corpo.
Um pé de galinha aqui, uma gordurinha acolá – coisas que infelizmente vem com o tempo e que dão um golpe em nossa autoestima.
Deus não olha para as suas rugas e o seu corpo desgastado.
Embora o uso e o estado de nosso corpo, templo do Espírito Santo, estejam plenamente ligados à nossa espiritualidade, Deus se concentra no interior do ser humano.
A nossa vida e saúde espiritual tem um caráter prioritário diante de Deus.
Você pode até se perguntar: se Deus valoriza o espírito, o que fazer com as dores e com o sofrimento?
Deus sempre faz o que é melhor para nós, mesmo que na maioria das vezes não entendamos.
Paulo disse que nosso sofrimento aqui é leve e passageiro.
Leve porque toda a sua dor é mínima em vista do que Jesus sofreu por você. E você não está sofrendo uma dor por Jesus!
Muitas vezes, as dores que sentimos são frutos de nossas próprias escolhas.
Portanto, tudo o que passarmos de aflição, pode ser considerado leve.
Passageiro porque o tempo que estivermos neste mundo com dores e sofrimentos será rápido diante da eternidade sem sofrimento que nos aguarda no porvir.
O próprio Paulo que inspiradamente nos escreveu estes versos, sofria de um problema físico que muito o incomodava.
Paulo cobrou de Deus uma solução por três vezes e o mesmo lhe disse: “Minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza... Porque quando sou fraco é então que eu sou forte” (2 Coríntios 12:9 e 10).
Posso garantir que muitos de nós hoje, ainda estamos buscando a Deus por causa destes espinhos em nossa carne.
O ser humano quando tem fama, dinheiro e saúde facilmente se esquece de Deus.
E são justamente as tribulações que nos aproximam de Deus.
Paulo disse em nosso texto que todas estas aflições e sofrimentos produzem em nossa vida “glória enorme e eterna”.
A mensagem aqui é: o seu sofrimento lhe trará recompensas.
O cristão deveria agradecer pelos sofrimentos e não murmurar contra Deus, pois quanto maior for o nosso sofrimento e a prova, maior o nosso valor e o nosso galardão.
Mas como conseguiremos passar por provas sem murmurar e ainda poder agradecer por elas?
Será que é fácil ver do mesmo prisma que Paulo viu?
Por nós mesmos, impossível!
Como a maioria do mundo, estamos dispostos a prestar atenção somente naquilo que podemos ver.
Casa, carro, dinheiro, bens, móveis, etc.
Mas é possível enxergar o que não se pode ver?
O que não podemos enxergar?
Deus, o céu, os anjos, o amor.
Somente enxergaremos estas coisas se tivermos os olhos da fé – elemento básico para agradarmos a Deus (ver Hebreus 11:6).
Não é preciso ter fé para enxergar as coisas deste mundo, mas para enxergar as coisas espirituais e que são invisíveis você necessitará de muita fé.
A fé vem pelo ouvir da Palavra de Deus (ver Romanos 10:17).
Se não nos propusermos a ter esta intimidade com Deus através da Bíblia continuaremos vivendo como pessoas sofredoras e que prestam atenção somente naquilo que se pode ver.
Paulo concluiu que as coisas que se podem ver duram muito pouco, enquanto que as invisíveis são eternas.
Que Deus possa lhe abençoar para que seus olhos da fé possam a partir de agora enxergar o invisível.

7 de março de 2014

Conte Sua História

A Bíblia conta a história de um homem que desde o nascimento não podia andar (Atos 3:1-10).
Aquele homem vivia rastejando como uma serpente.
Eram quarenta anos de sofrimento, sem um lar, sem posses e rejeitado pela sociedade.
Aquele homem decidiu pedir esmolas na porta de uma igreja e sua escolha foi muito inteligente.
Ele não escolheu um lugar onde as pessoas se apresentam insensíveis ou centradas em seu egocentrismo, onde é muito fácil dar uma desculpa.
Ele escolheu a porta de uma igreja!
Na porta de uma igreja é diferente.
As pessoas “teoricamente” vão buscar a Deus.
Não podem apresentarem-se avarentas, apressadas, preocupadas consigo mesmas.
Na igreja as pessoas aprendem a amar o próximo como a si mesmas.
Conta o relato bíblico que Pedro e João tinham o costume de ir à igreja e foram abordados pelo pedinte.
Então Pedro, olhando profundamente para aquele homem com sinceridade, disse-lhe: “Olha para nós...” (Atos 3:4).
a)      Tire os olhos de seus problemas e olhe para cima.
Há pessoas que se centralizam em suas dificuldades e esquecem de olhar para o alto (Colossenses 3:1 e 2; Tiago 1:17). Pedro conhecia a principal necessidade daquele homem, assim como Deus conhece nosso sofrimento.
b)      Quem expressa olhando nos olhos é sincero.
Desconfie da sinceridade de quem não consegue falar olhando em seus olhos. O mundo está cheio de pessoas prometendo esperança, mas que não passa de engodo (Marcos 13:5; Efésios 5:6).
c)      Embora líderes da igreja, Pedro e João eram pessoas de poucos recursos financeiros.
Aquele homem esperava receber alguma esmola.
O mundo espera receber algo de nós.
Pedro expressou sua pobreza: “Não possuo nem prata, nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o nazareno, anda!” (Atos 3:6).
Ao ouvir esta expressão de pobreza, o semblante do coxo decaiu, mas quando ouviu o restante das palavras sua esperança foi renovada.
Quando vamos ao lugar certo, a fim de buscarmos provimento para as nossas necessidades, podemos receber provisões maiores do que esperamos.
Aquele homem acreditou que andar era mais importante que a esmola desejada.
Aquele homem acreditou que podia ir mais adiante em seus planos.
Aquele homem acreditou que sua felicidade e vida poderiam ser restauradas.
Aquele homem poderia sair dali sem a cura se escolhesse não acreditar no poder do nome de Jesus.
Muitos são os que sentem um vazio na alma e estão estendendo a mão.
Não será uma moeda ou fartos recursos que preencherão os seus anseios.
Só Jesus pode preencher o vazio de nossa alma.
A história deste homem poderia ser uma história comum e infeliz entre tantas que hoje existem.
Mas ele acreditou que sua história poderia ter uma página feliz e emocionante para ser contada ao mundo.
Se você constantemente buscar o algo mais que Jesus está a lhe oferecer, sua vida será um livro aberto ao mundo com páginas de uma maravilhosa história.
O mundo quer ouvir a sua história.
Nós somos cartas vivas ao mundo, conhecidas e lidas por todos os homens (2 Coríntios 3:2), escritas pelo sangue de Jesus.
Pedro tomou aquele homem pela mão direita (ver Atos 3:7).
Nesta história, Pedro é a representação de Jesus.
Ele nos toma pela mão direita e nos ajuda.
“Porque eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela mão direita e te digo: não temas, que eu te ajudo” (Isaías 41:13)
Se você acreditar em Jesus, Ele pode tomá-lo por sua mão.
Mãos trêmulas e pés vacilantes, mas que juntas às mãos e aos pés feridos de Jesus é a junção que faz toda a diferença.
O texto diz que “de um salto se pôs em pé” (Atos 3:8).
É preciso ter fé para agir assim!
Aquele homem ficou de pé e escolheu entrar no templo, louvar a Deus e contar a sua história.
O texto ainda diz que o povo o viu andar e louvar a Deus, reconhecendo ser ele o mesmo coxo que esmolava, enchendo-se de admiração (Atos 3:9 e 10).

O mundo espera ouvir a nossa história.
O pecado não nos deixa em condições melhores que aquele homem.
Mas Jesus quer nos restaurar hoje e nos dar a chance de contarmos ao mundo uma história de transformação.
Jesus quer ser o capítulo mais importante de nossa vida, mas é preciso contar às pessoas.

Você é uma carta viva ao mundo!