27 de outubro de 2013

Por que Preciso Perdoar? (Parte 2)

Jesus contou a “parábola do perdão” (Mateus 18:23-35) diante do questionamento de Pedro: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?” (Mateus 18:21).
Os fariseus criam ser três vezes.
Pedro então quis fazer uma média com Jesus sugerindo sete vezes.
Pedro dobrou o número da tradição e ainda acrescentou um, pensando em sete – o número da perfeição.
Mas a resposta de Jesus foi a mais inesperada quando disse que deveria ser “setenta vezes sete” (Mateus 18:22).
O perdão de Deus não está preso a regras matemáticas, nem a limites numéricos.
O perdão de Deus é ilimitado a cada indivíduo e nossa postura não deveria ser diferente.
Precisamos ser moldados pelo modelo de perdão divino (ver Efésios 4:32).
Se não perdoarmos os nossos ofensores também não receberemos o perdão de Deus (ver Mateus 6:14 e 15).
Esta é a condição para sermos perdoados!
O homem mais forte não é o que vence os maiores inimigos, mas aquele que é capaz de perdoar os seus inimigos.
Acho interessante a morfologia da palavra “perdão” na língua inglesa.
“Forgive”, literalmente é “para dar”.
O perdão é para ser dado mesmo se o ofensor não nos pedir.
Aquele que é incapaz de perdoar o outro destrói a ponte que tem de atravessar para chegar ao céu, pois não há quem não precise ser perdoado.
Max Lucado disse: “A chave para perdoar os outros é deixar de se concentrar no que eles fizeram e começar a concentrar-se no que Deus fez por você”.
“O homem só pode ser salvo através da maravilhosa paciência de Deus no perdão de seus muitos pecados e transgressões. Mas os que são abençoados pela misericórdia divina deveriam exercer o mesmo espírito de paciência e perdão para com os que compõem a família do Senhor.” (Ellen White, MM 1983 - Olhando Para o Alto, p. 37).

Precisamos perdoar!
Somos pessoas imperfeitas.
Alguém disse que “pessoas perfeitas são encontradas em apenas dois lugares: no cemitério e no curriculum vitae”.
Transforme seus erros em lições, não em fracassos.
É possível que continuemos sempre errando ou magoando o coração de alguém.
Mas podemos ter uma certeza: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.” (1 João 2:1).
Devemos confessar a Deus os nossos pecados e também perdoarmos uns aos outros.
Esta é a promessa bíblica que temos: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. (1 João 1:9).
Mas precisamos abandonar os erros perdoados.
Foi por isso que Jesus disse à mulher adúltera: “vai e não peques mais” (João 8:11).
O perdão divino é o único dom capaz de restaurar os relacionamentos entre Deus e o homem e entre o nosso semelhante.

Podemos até não merecer, mas é o que mais precisamos.

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