Betânia era um lugarejo de que
Jesus muito gostava.
Lá moravam alguns de seus amigos,
como Lázaro, que foi ressuscitado dentre os mortos (João 11:11).
Porém, nesta oportunidade,
últimos dias antes de sua morte, Jesus foi convidado para um jantar na casa de
Simão.
Este homem fora curado de lepra
(Lucas 7:36-40).
Os leprosos eram excluídos do
convívio social, viviam como refugiados fora da cidade, tinham aparência
deprimente, não podiam ser tocados e tocavam uma buzina ou gritavam “imundo!”
quando alguém se aproximava deles.
Embora Simão fosse rico, seus
bens nada puderam fazer para conter os preconceitos e restaurar a sua saúde.
Mas um dia Jesus o encontrou e o
curou.
A cura promoveu a gratidão no
coração de Simão e aquele jantar era em ações de graças pelo feito maravilhoso
de Jesus.
Naquele jantar havia alguns
convidados de Simão, além dos discípulos que sempre acompanhavam Jesus.
Jesus não tinha preconceitos
contra as pessoas.
Jesus ia às casas das pessoas sem
importar com as suas vidas, seus níveis sociais, suas reputações e seus
problemas.
Enquanto o papo fluía bem, eis
que se aproxima uma mulher que Jesus a conhecia muito bem.
Seu nome era Maria.
Maria havia vivido uma vida de
pecado.
Tão longe tinha distanciado de
Deus que demônios a maltratavam.
Jesus havia expulsado sete
demônios desta mulher (Marcos 16:9).
Numa oportunidade, a população
queria apedrejá-la, mas Jesus a livrara da morte.
O mesmo sentimento de gratidão
que havia no coração de Simão também havia no coração de Maria.
E esta mulher que se aproximou de
Jesus com um vaso de alabastro.
Alabastro era um material
artesanal caríssimo.
Apenas um conteúdo muito valioso
deveria ser guardado em seu interior.
No caso aqui havia em seu
interior uma caríssima fragrância de nardo puro.
Antigamente só as pessoas nobres
podiam usar perfumes.
Havia perfumes personalizados por
família.
Numa região em que não se tomava
muito banho um perfume era algo essencial.
Paulo disse que hoje nós somos o
bom perfume de Cristo (2 Coríntios 2:15).
Perfume era uma coisa cara. No
caso de Maria custara um ano de salário.
Maria foi uma mulher abnegada e
corajosa.
Ainda mais numa época em que as
mulheres eram discriminadas.
Deus não olha para os
preconceitos humanos e Jesus veio justamente para quebrar estes tabus.
Jesus não discrimina as pessoas.
Ele vê a sinceridade de cada coração.
Maria foi abnegada em quebrar
aquele tão trabalhado vaso e derramar aquele perfume sobre a cabeça e os pés de
Jesus.
Os discípulos tiveram a reação:
que desperdício!
Os discípulos tiveram uma visão
material.
Apresentaram o argumento de que
melhor aproveitada seria a reversão aos pobres.
Aparentemente um bom argumento.
Estavam dizendo implicitamente
que os pobres valiam mais que Jesus.
Jesus jamais desprezou um pobre
em sua necessidade e não deseja que desprezemos também.
Porém, Jesus está acima de
qualquer propensão humana.
Ajudar os pobres era um pretexto
egoísta que ocultavam as verdadeiras razões de cada coração.
Mas Jesus reconheceu que Maria
havia praticado uma boa ação para com Ele.
Jesus jamais despreza uma atitude
de entrega e reconhecimento.
Mesmo que muitos te critiquem
Jesus hoje não ignora a sua entrega.
Mesmo que você se sinta o mais
inferior de todos os seres humanos, Jesus te coloca como a pessoa mais
importante neste mundo.
Jesus sabia que seria morto e não
teria oportunidade de ser embalsamado, portanto, Maria estava honrando-o
naquilo que os homens ignorariam.
Jesus disse que este feito jamais
seria esquecido.
Os discípulos viram isto como
desperdício, mas não há desperdício maior do que não entregar a sua vida a
Jesus.
Você pode imortalizar agora a
atitude de entregar-se a Jesus.
Você não precisa ter um perfume
aqui, mas pode dar o seu coração.