23 de maio de 2015

Nosso Maior Inimigo (Parte 4)

Jesus disse: “Sem mim, nada podeis fazer” (João 15:5).
O Titanic, o barco que “nem Deus podia afundar”, naufragou por um pequeno iceberg.
Não tropeçamos em montanhas, tropeçamos em pequenas pedras.
Aí nos sentimos fracassados.
Quais as pedrinhas que nos fazem tropeçar?
Deus disse através do profeta Oséias: “o meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento” (Oséias 4:6).
Como está o seu estudo da Bíblia?
“O conteúdo da Bíblia visa inculcar a desconfiança na força humana e incentivar a confiança no poder divino” (Patriarcas e Profetas, p. 717).
E a sua vida de oração?
“Se dependermos meramente de que a sabedoria humana nos guie, encontrar-nos-emos do lado que perde” (Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 486).
Não somos He-mans espirituais!
Jesus não nos pediu que tornássemos como crianças somente por seu espírito de inocência e de perdão, mas principalmente por seu senso de dependência.
Uma das armadilhas mais enganosas é tentar viver a vida cristã de forma independente do Senhor.
Isaías 2:22 é um verso muito forte: Afastai-vos, pois, do homem cujo fôlego está no seu nariz”.
Fuja dos seres humanos prepotentes. Estes são mortais e suas vidas não valem nada!
“Satanás exulta quando os homens olham para o homem e nele põem a sua confiança. Aquele que é alvo dessa confiança indébita expõe-se a fortes tentações” (Iden, p. 498).
Livra-me ó Deus daquele homem mau: eu mesmo!
“Senhor, toma meu coração; pois não o posso dar. É Tua propriedade. Conserva-o puro; pois não posso conservá-lo para Ti. Salva-me a despeito de mim mesmo, fraco e dessemelhante de Cristo. Molda-me, forma-me e eleva-me a uma atmosfera pura e santa, onde a rica corrente de Teu amor possa fluir por minha alma” (Parábolas de Jesus, p. 159).
Ao permitirmos que o nosso EU sobreviva e controle a nossa vida, estamos nos suicidando.
O EU arruína a nossa vida e a alegria dos que nos cercam.

“A luta contra o próprio eu é a maior batalha que já foi travada. A renúncia de nós mesmos, sujeitando tudo à vontade de Deus, requer luta; mas a alma tem que se submeter a Deus antes de poder ser renovada em santidade” (Caminho a Cristo, p. 43).


17 de maio de 2015

Nosso Maior Inimigo (Parte 3)

Satanás tem bagunçado com a vida de muitas pessoas, colocando em suas mentes a falsa ideia de um poder que elas não possuem.
Muitos se sentem como verdadeiros He-mans: “Eu tenho a força!”
Há um livreto muito apreciado chamado “Minutos de Sabedoria” que prega a ideia de que o ser humano tem uma força descomunal dentro de si mesmo.
Esta é a voz de Satanás na mais nítida de suas formas.
No Éden, Satanás havia dito a Eva: “sereis como Deus” (Gênesis 3:5).
Paulo disse que o verdadeiro poder consiste na fraqueza.
2 Coríntios 12:9 e 10: Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza... Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.”
Mas o ser humano prefere confiar em si mesmo.
Nosso EU é tão sutil que raramente percebemos a sua presença!
Na Bíblia, Pedro foi alguém que confiou demais em si mesmo (Mateus 26:33 e 35).
Tão facilmente Pedro se esqueceu de que a independência de Deus quase o afogara (Mateus 14:22-33).
Aquele que disse “ainda que seja necessário morrer contigo, de modo nenhum te negarei” (Marcos 14:31), na hora mais crítica da prova falhou.
Ai de nós! Nosso coração é nosso maior inimigo!
Nós não podemos confiar em nós mesmos, porque a Bíblia nos diz que nosso coração é enganoso e nem nós mesmos não o podemos conhecer (Jeremias 17:9).
Outra história significativa é a de Nabucodonosor que 500 anos antes de Pedro foi chamado de “Rei dos Reis” (Ezequiel 26:7).
Exaltado ao pináculo da autossuficiência, jamais atribuiu a Deus o seu sucesso.
Não havia lugar para Deus em seu reino.
Dizia: “Não é esta a grande Babilônia que edifiquei com a força do meu poder e para a glória de minha magnificência?” (Daniel 4:30).
O homem está naturalmente disposto a coroar a qualquer coisa, menos a Cristo.
Deus usou Daniel para advertir sabiamente aquele rei, mas Nabucodonosor não quis ouvir.
Somos inclinados a ter uma espécie de “audição seletiva”...
Nabucodonosor construiu uma imagem de 30 metros – imagem de seu próprio orgulho.
Deuteronômio 8:17 diz: “Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas”.
Quem é você sem Deus?
Provérbios 16:5 diz: “Todo homem arrogante é abominação ao Senhor; certamente não ficará impune”.
Nabucodonosor só aprendeu a lição da humildade quando pastou como animal no campo, comendo grama, tomando sol forte e sereno no lombo, tendo unhas de feras durante sete anos (Daniel 4:15, 16, 28).
Nunca nos esqueçamos do fato de que a soberba abate, mas a humildade enobrece!
Quando exercitamos a humildade chegamos mais perto do coração de Deus.



11 de maio de 2015

Nosso Maior Inimigo (Parte 2)

Paulo disse em Gálatas 2:19 e 20: “Estou crucificado com Cristo... logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”.
Enquanto o EU estiver no trono, Cristo continuará na cruz, sem poder fazer nada por você!
Jesus disse: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16:24).
No mundo antigo, as vítimas da crucificação não morriam imediatamente, elas agonizavam por muitas horas ou dias, enquanto estavam penduradas no madeiro.
Nossa velha natureza, embora crucificada, luta para sobreviver e descer da cruz.
Crucifique a si mesmo, colocando Cristo no trono de sua vida.
A cruz é formada por duas hastes.
A maior, a haste vertical, está direcionada ao céu.
A cruz de Cristo nos ensina através de sua haste vertical que dependemos estritamente de Deus.
Precisamos submeter a Ele a nossa vida, nossos problemas, nossas angústias e parar de quebrar a cara tentando resolver por nós mesmos as nossas próprias dificuldades.
Deus precisa urgentemente assumir o controle de nossa vida!
Isto requer um relacionamento contínuo com Deus e uma morte diária para as nossas vontades.
A menor haste da cruz, a horizontal, se encontra nivelada, mostrando que todos nós somos iguais, dependentes e que não existe ninguém melhor que o outro.
É nesta haste que encontramos apoio para os nossos braços.
Dependemos inteiramente de Deus, mas dependemos também uns dos outros.
Ninguém é uma ilha! E é por isso que existimos como comunidade cristã.
“De tal maneira determinou Deus as coisas que nenhum homem é absolutamente independente de seus semelhantes” (Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 496).
Dependemos uns dos outros. Somos o corpo de Cristo.
Um corpo saudável vive em harmonia.
Devemos viver em harmonia e, se dependemos uns dos outros, não teremos prazer no sofrimento do outro.
Uma unha encravada, aparentemente insignificante, faz um corpo inteiro sofrer.
Se você já não se sensibiliza com o sofrimento de seus irmãos, é possível que você não esteja compreendendo o que é viver por Cristo.


4 de maio de 2015

Nosso Maior Inimigo (Parte 1)

A história da humanidade tem demonstrado que a autossuficiência sempre gera fracassos e a Bíblia traz inúmeros exemplos disto.
Quem imaginaria que o gigante Golias seria derrotado pelo pequeno Davi apenas com uma pedrinha?
A autossuficiência teve o seu início no céu com o próprio Satanás.
Em seu coração dizia: “Eu subirei ao céu... Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo” (Isaías 14:13 e 14).
É muito fácil cairmos na armadilha de pensar que Satanás seja o nosso maior inimigo.
Spurgeon disse que devemos ter cuidado com nós mesmos, mais do que com qualquer outro homem, pois carregamos dentro de nós os nossos piores inimigos.
O EU tem sido uma das maiores tragédias do coração humano.
Satanás tem semeado nos corações o espírito de revelia, exaltação e autossuficiência, elementos que consequentemente nos conduzirão a autodestruição.
Filipenses 2:5 aconselha-nos a ter o mesmo sentimento que houve em Jesus que mesmo sendo Deus, não usurpou ser igual a Deus, mas se esvaziou e se humilhou...
Richard Baxter disse: “Somos as maiores armadilhas para nós mesmos!”
Nossa caminhada ao céu se dá num caminho apertado e estreito. O orgulho pode causar a nossa perdição.
“Só podemos caminhar com segurança por uma constante negação de nós mesmos e confiança em Cristo” (Parábolas de Jesus, p. 160).
Enquanto Satanás propaga a autossuficiência, somos chamados a ser humildes e vazios de nós mesmos.
Quando nos esvaziarmos o Espírito Santo de Deus pode preencher o nosso coração.
“Temos que ser esvaziados de nós mesmos. Se afinal ganharmos o Céu, será unicamente mediante a renúncia do próprio eu e o recebimento da mente, do espírito e da vontade de Cristo Jesus” (Nos Lugares Celestiais, p. 155).
Enquanto o inimigo estiver eclipsando o nosso olhar com a visão ilusória do EU, não haverá espaço para que Deus habite em nós.
Cada dia é um tempo de renúncia e a vitória mais importante a ser conquistada é a vitória sobre nós mesmos.
Nossas maiores tentações não estão ao nosso redor, mas estão dentro de nós mesmos!
Devemos renunciar o EU e compreendermos que o nosso sucesso consistirá unicamente na mais completa dependência de Deus.
Quanto mais renunciarmos ao EU estaremos alargando a morada de Deus em nossa vida.
Deus deseja o nosso coração por inteiro e não apenas algumas escolhas de nossa vida.