O que é a morte?
É o contrário da vida! Simples assim.
Para entendermos a morte devemos saber
primeiro o que é vida.
Gênesis
2:7
nos dá a receita da formação da vida: pó + fôlego = vida.
“Então,
formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego
de vida, e o homem passou a ser alma vivente”. (Gênesis 2:7).
O homem passou a “ser” uma alma e não a
“ter” uma alma.
Todos nós que estamos vivos somos uma
alma.
O profeta Ezequiel disse: “a alma que
pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18:20).
Segundo a Bíblia não existe alma fora do
corpo ou vida durante a morte.
O sábio Salomão, em Eclesiastes 12:7,
descreve a morte como o inverso da vida: o pó voltando à terra e o fôlego
voltando a Deus que o deu.
“E
o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Eclesiastes
12:7).
A palavra “espírito” no texto original
em referência é “pneuma”, que faz-nos lembrar dos pneus ou do ar.
No mesmo livro de Eclesiastes, há a
clássica confirmação de que os mortos nada sabem e de que sua memória ou
qualquer sentimento jaz no esquecimento.
“Porque
os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem
tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor,
ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa
alguma do que se faz debaixo do sol.” (Eclesiastes 9:5 e 6).
Na verdade, a morte é um assunto muito debatido
e muitas vezes usado de maneira distorcida.
Isto é tão verdadeiro que a morte foi o
tema da primeira mentira do mundo usada pela serpente (ver Gênesis 3:3 e 4).
Deus pôs a eternidade no coração do
homem (ver Eclesiastes 3:11).
O homem acha que pode ser eterno, mas de
forma errônea, porque Satanás coloca isto de maneira deturpada na mente humana.
Aí você pode perguntar: e o ladrão na cruz? Jesus
não disse a este que estaria com ele no paraíso naquele mesmo dia?
Vejamos Lucas
23:43: “Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no
paraíso".
Parece haver um problema aqui. Estaria este único
verso contradizendo todo o restante da Bíblia?
A morte por crucificação era um processo lento e
penoso.
As vítimas geralmente resistiam por vários dias. Alguns
chegavam a suportar a crucificação por um período de sete dias.
Costumava-se quebrar as pernas dos crucificados
para acelerar o processo de morte (ver João 19:31 e 32).
Por isso, Pilatos ficou surpreso por Jesus ter
morrido tão rápido (ver Marcos 15:44).
Maria foi ao túmulo domingo pela manhã (ver João
20:1).
Procurava pelo corpo de Jesus, mas não o conseguiu
encontrar (ver João 20:2).
Havia alguém em pé nas sombras daquele jardim e ela
pensou que fosse o jardineiro.
Maria, chorando muito, perguntou ao homem: “se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e
eu o levarei” (João 20:15).
Aquele homem era o próprio Jesus e este lhe disse: “Maria!” (João 20:16).
Maria se lançou aos pés de Jesus e tentou
abraçá-Lo, mas este a conteve e lhe disse: “Não Me detenhas;
porque ainda não subi para Meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes:
Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus" (João 20:17).
Se o próprio Jesus, no domingo pela manhã, ainda
não tinha ido para o paraíso, como poderia ter estado lá na noite de sexta?
Não há provas de que Jesus tenha estado em lugar algum
naquela sexta-feira escura.
Aquele ladrão pôde ver nos corredores do tempo o
dia em que Jesus iria receber o reino que por direito Lhe pertencia.
E foi por isso que Dimas havia dito a Jesus: “Lembra-te de mim quando vieres no teu reino”
(Lucas 23:42).
Aquela foi a única expressão de fé que chegou aos
ouvidos de Jesus enquanto estava pendurado na cruz.
Na verdade, Jesus lhe respondeu assim: “Em verdade te digo hoje, estarás comigo no
paraíso” (ver Lucas 23:43).
Por quê? Onde está a diferença?
A Bíblia foi escrita originalmente sem qualquer
pontuação.
E o texto original em grego de Lucas 23:43 é o
seguinte: “amem soi legõ sêmeron met emou esê en tõ paradisõ”, que traduzido
é “em verdade a-ti Eu digo hoje comigo
tu-estarás no paraíso”.
Uma vírgula fora do lugar pode fazer
toda a diferença!
Nem Jesus, nem o ladrão crucificado estiveram no
paraíso naquela sexta-feira.
Jesus usou o termo “hoje” como forma de marcar as
suas palavras e não a temporalidade de sua ida aos céus.
Este foi
o tema da tese doutoral do Dr. Rodrigo Silva, intitulada: “Análise
Linguística do Sémeron em Lucas
23:43” (Sémeron,
palavra grega que significa o advérbio ‘hoje’), defendida com sucesso em
outubro de 2001, na Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção,
em São Paulo (universidade católica).
Já
existem traduções bíblicas como a espanhol Nueva Reina-Valera 2000 que traz Lucas
23:43 assim: “Então Jesus lhe respondeu:
Eu te asseguro hoje, estarás comigo no paraíso”.
Concluímos então que a morte não significa ir para
o céu, para o fogo do inferno, para o purgatório e nem para o mundo dos
espíritos.
A morte significa apenas a cessação da vida até a
ressurreição.
O apóstolo
Paulo descreve assim a ressurreição:
"Porque o mesmo
Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de
Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que
ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar
o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor" (1 Tessalonicenses 4:16 e 17).
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