24 de novembro de 2014

Deus Te Chama Pelo Nome

“Mas agora assim diz o Senhor, aquele que o criou, aquele que o formou: Não tema, porque eu o resgatei; eu o chamei pelo nome; você é meu” (Isaías 43:1).

Ele nos criou e formou
Hoje, somos constantemente bombardeados de que Deus não é o criador e de que tudo é obra do acaso.
Não há como desqualificar o que é bom, a não ser com mentiras e esta tem sido a incansável tarefa de Satanás.
A complexidade da vida e muito mais requer um Supremo mentor. 
Davi reconhecia que Deus o havia criado de modo assombrosamente maravilhoso e este era motivo de sincera gratidão (Salmo 139:14).
Deus também no dá tudo o que necessitamos para a formação de nossa vida, nosso caráter.
Deus não é como aquele pai que coloca no mundo e se esquece.
Ainda que uma mãe possa esquecer-se de seu filho, Ele jamais esquecerá (Isaías 49:15).
Deus provê hoje a nós, se assim o quisermos, tudo aquilo que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável e de boa fama para ocupar o nosso pensamento (Filipenses 4:8).
É assim que se forma um caráter para a eternidade!

Ele nos resgatou
Nossa redenção custou o próprio sangue de Deus.
Este preço não poderia ser pago por mais ninguém.
Somos assim duplamente dEle.
Somente Ele tem autoridade sobre nós, mesmo assim, Ele prefere falar-nos com ternura e amor.
Deus diz a você que com amor eterno te amou (Jeremias 31:3).
O amor de Deus por você não é algo passageiro ou interesseiro.
A Bíblia diz que foi Deus que nos amou primeiro (1 João 4:19).
No amor está uma grande chave: Deus nos amou primeiro e assim podemos também amá-lo.
O amor é o sentimento indispensável na relação entre Deus e o homem.
Mas há algo mais ser pensado: Só poderemos amar a Deus quando aprendermos a amar o nosso irmão, aceitando seus erros, suas falhas e seus defeitos.

Ele diz: Não tema
Hoje, vivemos sob a pressão do medo e são várias as suas modalidades.
A mensagem do Deus que nos criou e que nos resgatou é para que você não tenha medo.
Como conseguir não ter medo num mundo tão hostil?
Aqui o amor entra novamente em cena, porque o verdadeiro amor lança fora o medo (1 João 4:18).
Deus te criou, Deus te formou, Deus te redimiu, Deus te ama – então não há o que temer.
Quem usufruirá do tormento é o próprio Satanás e não você.
Quem tem medo não é aperfeiçoado no verdadeiro amor de Deus.

Ele nos chama pelo nome
Um nome sempre recebeu destaque nas culturas orientais.
Os pais procuravam colocar um nome que pudesse representar o caráter desejado para aquele filho.
O nome é a nossa parte presente que já está nos céus (Lucas 10:20).
Lembre-se que Moisés pediu certa vez que Deus riscasse seu nome do livro da vida (Êxodo 32:32).
O texto inicial diz que Deus nos chama pelo nome.
É tão bom ser reconhecido pelo nosso próprio nome.
Muitos, infelizmente, são incapazes de reconhecer a Deus, Sua voz não é mais familiar.
É você capaz de identificar a voz de Deus em meio a tantas vozes?
Muitas vezes, a voz de Deus não está no vento, nem no terremoto, ou sequer no fogo, mas na brisa suave (1 Reis 19:11 e 12).
Deus relembra hoje a você que te criou, te formou, te resgatou.
Desvanece o teu medo e te chama pelo nome.
E, por último, te declara como dEle.
Você é um vaso escolhido de Deus!


17 de novembro de 2014

Oferta Viva

“Que darei ao Senhor por todos os seus benefícios para comigo?” (Salmo 116:12).

Esta é uma pergunta de difícil resposta.
Será que podemos oferecer algo suficiente para compensar o que o Senhor nos tem dado?
Com certeza, não.
Se assim fosse, alcançaríamos a graça divina por nossos méritos.
Deus havia prometido a Abraão que sua descendência seria como as estrelas do céu. (Gênesis 15:5).
Mas com o avanço da idade a fé daquele que viria a ser o pai dos fiéis começou a vacilar.
Temos um Deus que não falha e o que nos promete Ele sempre cumprirá.
A fim de que a fé de Abraão pudesse ser aperfeiçoada, com a idade de 120 anos este foi chamado a enfrentar a maior prova que qualquer ser humano poderia passar.
Abraão estava instalado em Berseba, era um homem rico e influente.
Numeroso era o seu rebanho.
Gozava de grande respeito e prestígio dos cidadãos de sua localidade.
Deus então pondo Abraão em prova lhe diz: “Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto sobre um dos montes que eu te mostrarei” (Gênesis 22:2).
Abraão foi convidado a ir a Moriá, em um de seus montes.
Em nossa vida de devoção somos intimados constantemente a “subir”, e este subir muitas vezes é cansativo.
Abraão deveria subir ao lugar que Deus lhe mostraria e muitas das vezes não permitimos que o Senhor nos mostre o lugar em que devemos ir.
Abraão, diante do pedido de Deus começou a imaginar as incoerências.
Isaque era a sua alegria, o filho da promessa.
É de nossa natureza questionar o curso das coisas.
Mesmo assim, Abraão de madrugada não olvidou e partiu com o necessário para cumprir sua missão.
Quando Deus lhe pedir algo, não demore em atende-lo.
Abraão trilhou com sua caravana pelo mais longo dia de sua vida até que pudesse no terceiro dia avistar uma nuvem de glória sobre o monte Moriá – o local escolhido por Deus.
O coração dolorido de Abraão sentiu a confirmação de Deus e quem sabe imaginou o que está escrito em Hebreus 11:19: “... que Deus era poderoso até para ressucitá-lo dentre os mortos.”
Abraão então pede que todos os seus acompanhantes permanecessem naquele ponto.
Quando Deus te chamar, despeça também de todos os empecilhos de sua vida.
Então Isaque se dirige: “Meu pai...”.
Aquelas foram as palavras mais cortantes que Abraão já ouvira.
“Aqui está o fogo, a lenha, mas onde está o cordeiro?” (Gênesis 22:7).
Abraão, a princípio, sem imaginar o que iria ocorrer e adiando o desfecho daquele sacrifício, encobriu a verdade com outra mais grandiosa e redentora verdade: “Deus proverá para si o cordeiro” (Gênesis 22:8).
Era fácil para um jovem de 18 anos livrar-se de um velho de 120 anos, mas Isaque aprendera desde cedo aceitar os desígnios do céu.
Isaque é então submetido ao altar e quando o cutelo é levantado soa a voz do céu: “Não faças nenhum mal ao rapaz...” (Gênesis 22:12).
Então Abraão desamarra Isaque e encontra um cordeiro para oferecer em substituição ao seu filho.
Estávamos outrora como Isaque, à beira do cutelo, mas um cordeiro substituto foi providenciado para o nosso lugar.
Esta história de fé continua a ser uma luz para aqueles que desejam fazer a vontade divina.
Mesmo a despeito das adversidades, dos enganos e dúvidas de Satanás, Abraão não desistiu de fazer a vontade de Deus.
Abraão é hoje reconhecido como o “Pai da fé” por esta grande história.
Esta história foi a verdadeira e prévia manifestação do evangelho de Cristo pela salvação dos homens.
E olhando para Cristo, sua sorte não foi a mesma de Isaque.
Não se ouviu nenhum “basta”.
Tudo isto por amor a mim e a você.
Respondendo à pergunta inicial, podemos concluir que o maior benefício que temos recebido é o contínuo e inesgotável amor de Deus por nós.
Todo amor espera uma resposta.
Já ouvira o ditado: “Amor com amor se paga”?
Talvez não sejamos convidados a entregar nossa vida num holocausto, mas o mínimo que podemos fazer é entregar-nos como ofertas vivas aos pés do Senhor.
Que nossa vida seja uma oferta de aroma suave no altar de Deus!



10 de novembro de 2014

O Poder da Língua

A palavra pode tanto levantar um doente como matar um saudável.
Os árabes costumam dizer que existem três coisas que jamais voltam: o dia de ontem, a flecha disparada e a palavra dita.
A língua tem matado mais do que qualquer guerra, fome, catástrofe natural.
Uma língua descontrolada é como uma epidemia incurável. Mas o que guarda a língua livra a sua alma da angústia, disse o sábio Salomão (ver Provérbios 21:23).
Provérbios 16:28 nos diz: “O homem perverso espalha contenda e o difamador separa os maiores amigos”.
Nunca toque numa ferida se você não tem como tratá-la.

Nelson Rodrigues disse: “Os homens mentiriam menos se as mulheres fizessem menos perguntas”.
A revista Veja de 02/10/2002 disse que ouvimos, em média, 200 mentiras por dia.
A reportagem dá uma conotação agradável à mentira, considerando-a como “apaziguadora social”.
Acrescenta ainda a reportagem que “a vida sem a mentira não teria a menor graça – seria um inferno”.
Mas não é isto que a Palavra de Deus nos diz.
Mateus 5:37 diz: “Seja porém a tua palavra: sim, sim, não, não...”
Mais vale ser pobre que mentiroso! (ver Provérbios 19:22).

Provérbios 15:1: "A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira".
O Evangelho não nos prescreve respostas duras ou insensatas.
Devemos fazer limonada com os limões que são atirados em nós.
Devemos dar sempre ao mundo uma resposta branda e uma palavra açucarada.

No mundo de hoje devemos saber dosar nossas palavras.
Colossenses 4:6 nos diz: “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um”.

Efésios 5:4: “Não haja obscenidade, nem conversas tolas, nem gracejos imorais, que são inconvenientes, mas, ao invés disso, ações de graças”.
Nossa conversação revela quem somos.
Paulo escreveu a Tito para que fosse um exemplo de boas obras e de “linguagem sadia e irrepreensível” (ver Tito 2:7-8).

Sempre há grande perigo de se pensar com nossa boca ao invés do cérebro.
Salomão disse que responder antes de ouvir é vergonha (ver Provérbios 18:13).
Devemos saber o momento certo de falar certas coisas.
Provérbios 25:11 diz: “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita em seu tempo”.
Saber falar na hora certa é comparado a um grande tesouro que possuímos.

Provérbios 26:20 diz: “Sem lenha o fogo se apaga e, não havendo maldizente, cessa a contenda”
É bem mais fácil se precaver de um incêndio de que provoca-lo e depois tentar apaga-lo.

Existem ainda aquelas pessoas que só sabem questionar.
Questionam o vestuário, o alimento, a família, a igreja e até elas mesmas.
Devemos sempre ser agradecidos pela proporção de bênçãos que nos foi concedida.
Provérbios 13:3 diz: “O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruina”.
Abrahan Lincoln disse: “Aquele que se julga com o direito de criticar deve ter também um coração bondoso para ajudar”.

O cristão deve valer-se de suas palavras para dizer somente aquilo que for necessário, importante e edificador.
Efésios 4:29: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem”.

Provérbios 4:24 diz: “Desvia de ti a falsidade da boca e afasta de ti a perversidade dos lábios”.
Não adianta dizer palavras macias, enquanto o coração está cheio de guerra.
Se você não aprendeu a refrear a língua a sua religião será vã e enganosa (ver Tiago 1:26).
Aquele que insiste em julgar os outros tem alguma coisa que está tentando esconder.

O mundo está cheio de gente de braços cruzados e língua solta.
Devemos ser uma exceção.
Isaías 50:4 nos diz: “O Senhor me deu língua de eruditos, para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado”.
Existe ainda aquele momento que se não há nada de importante para dizer, siga o conselho de Jeremias, em Lamentações 3:26 “Bom é aguardar a salvação no Senhor, e isso em silêncio”.
Há um provérbio inglês diz o seguinte: “É melhor manter-se em silêncio e pensarem que você é um tolo, do que falar e remover toda a dúvida”.

Mas para mudarmos as nossas palavras, é necessário que permitamos primeiro a mudança de nosso coração, pois a boca diz daquilo que no coração está cheio (ver Mateus 12:34).