3 de junho de 2019

Superando Fracassos

Talvez você nunca ouviu falar de Jefté.
Jefté era filho de Gileade, homem influente, que mais tarde emprestaria o seu nome àquela cidade.
Gileade tinha uma família com esposa e filhos, tinha posses e propriedades.
Naquela época era comum ter muitos filhos, portanto Jefté tinha muitos irmãos.
Mas algo marcava negativamente a vida de Jefté.
Sua mãe não era a mesma de seus irmãos, seu nascimento foi fruto da infidelidade de seu pai.
E, para piorar, sua mãe era uma prostituta.
Gileade, embora infiel em sua atitude, reconhece que o filho não pode ser vítima de seu erro, então decide obter a guarda deste filho.
Jefté então passa a ser criado por seu pai, mas algo não parece normal.

O Cotidiano de Jefté

Seus irmãos parecem não dar importância para Jefté. Este passa a conviver com as piadinhas, gracejos e rejeição de seus irmãos.
Jefté, por ser minoria, também é explorado por seus irmãos.
É neste ambiente sufocante que Jefté passa a sua infância e adolescência. Imagine os traumas a palpitarem em sua mente por uma origem que o mesmo não escolhera para si.
A falta de apoio familiar, uma origem vergonhosa – Jefté era um suicida em potencial.
Para piorar ainda, chega o dia da morte de seu pai.
A herança precisa ser dividida, quem sabe agora Jefté pode ter um futuro melhor.
Mas não é isto que acontece. Jefté não recebe nada daquilo que tem direito e ainda é expulso de casa, sob a justificativa de ser filho de outra mulher (verso 2).
Filho de prostituta, sem pai, rejeitado pelos irmãos, cheio de traumas, desprovido de seus direitos legais.
Muitos, quem sabe, se sentem tão desprovidos neste mundo, querem dar fim às suas vidas, por menos do que este homem viveu e sentiu.

Jefté em Tobe

Ao invés de dar fim à vida, Jefté foi para a cidade de Tobe, cerca de 80 km de Gileade.
Como não bastasse, lá encontrou Jefté más companhias, homens desocupados, preocupados apenas em assuntos de guerras.
Com um passado não honroso, com um presente desmotivador, o que esperar do futuro de alguém assim.
Sem Deus o nosso futuro não tem perspectiva.
Quem sabe não temos tantos atributos negativos como teve Jefté, mas sem Deus não podemos sonhar tantas maravilhas.

O Cotidiano de Israel

Mudemos um pouco o foco de nossa história.
Gileade era uma cidade integrante de Israel.
Israel, há quase 20 anos, vinha amargando uma triste história de idolatria.
Muitos acham que Deus vira as costas, mas somos nós que o ignoramos.
Os líderes eram homens escolhidos sob o crivo de Deus.
Mas uma vez o povo O ignorava, já não era necessário líder e o povo se afundava mais e mais em seus pecados, em sua adoração à Baal.
Baal era o deus da imoralidade. Era o deus da fertilidade e Israel era uma sociedade agrícola. Quase todos adoravam – estava na moda. Era a garantia de bem-estar, segurança financeira e social. Podia ser influenciado. E a adoração podia ser repartida com outros deuses.
Afundar no pecado traz marcas terríveis.
O pecado nos deixa vulneráveis.
Sem líder, sem base espiritual, sem o poder de Deus, o povo de Israel passou a ser presa fácil à subserviência dos amonitas.
Temos um Deus que não permanece calado por muito tempo.
O Espírito de Deus trabalhou no coração dos anciãos de Gileade a fim de que resgatassem a necessidade de terem um líder.
Seria a única maneira de erguer um estandarte contra a idolatria, os pecados e opressão dos amonitas.
E é justamente neste ponto que os relatos se fundem.

O Encontro

Os anciãos foram tocados que este líder deveria ser Jefté.
Sua fama de batalhador e vencedor transcorria a região.
Eis que foram à procura de Jefté.
Acredito que o traumatizado Jefté deva ter se assustado com a presença daqueles homens.
Será que vinha mais opressão?
Mas para a sua surpresa, era um solene convite: “Venha ser nosso chefe” (verso 6).
Acho que Jefté deva ter pedido para repetir a fala, pois o mesmo não estava entendendo nada.
Ao recebermos convites desta natureza, geralmente agradecemos e expressamos o lisonjeio, mesmo que não venhamos aceitar.
Mas após repetirem aquelas palavras, Jefté derramou toda a carga negativa que o entalava.
Desabafou: “vocês me traumatizaram, acabaram com minha auto-estima, me rejeitaram, me despojaram e me expulsaram. Hoje não tenho pátria, sobrenome, história. Agora que sou bem sucedido, vencedor e que vocês estão em aperto é que querem que eu seja líder. Ou é por interesse, ou isso deve ser uma armação para que eu venha até morrer!”
O convite foi mais uma vez estendido, um convite emoldurado de reconhecimento, quebrantamento, de sinceridade, de reparação.
“É por seu sucesso que queremos você, nós erramos, te prejudicamos e queremos o seu perdão”.
Não importa o tamanho da atrocidade que cometemos, temos que reconhecer e pedir perdão.
Jefté, traído no passado, sem querer ainda acreditar, pergunta se é mesmo o que ele havia entendido.
Os anciãos então juram diante de Deus pelo cumprimento daquela palavra.

Um Exemplo Para Nós

Temos aqui a história de alguém que sofreu por muito tempo, mas que permitiu o trabalho de Deus em seu coração.
Para ser um vencedor, Jefté teve que conquistar primeiramente uma vitória em seu próprio coração.
Depois, conquistar a vitória em suas atitudes. Era feliz e bem sucedido, mesmo em meio à dor, ao ressentimento.
Aquele convite não era à toa.
Mesmo vivendo na pobreza, longe de sua terra, convivendo com pessoas desleais, seu coração manteve-se inabalável nas mãos do Senhor.
Esta é a prova viva de que Deus pode suster-nos e transformar as situações de nossa vida.
Jefté não parou para lamentar a sua sorte, mas agiu a fim de transformá-la.
Quem quiser conhecer mais sobre o sucesso de Jefté, leia a continuidade do livro de Juízes, mas destacaremos as seguintes atitudes práticas:
a)      Cultivou o perdão;
b)      Desgarrou-se da mediocridade;
c)      Era corajoso;
d)     Vivia em constante preparo;
e)      Era ocupado;
f)       Nunca deixou de invocar o nome de Deus.
É por isso que Paulo não deixa de incluí-lo na grande galeria dos heróis da fé (Hebreus 11:32).

Conclusão

Deus precisa hoje de pessoas que copiem o exemplo de Jefté.
Pessoas que se libertem do poder da culpa, que tenha a autoestima elevada e cultive em seu coração um espírito perdoador.
Pessoas que mesmo em meio à dor e ao sofrimento possam buscar a Deus.

Pessoas que sejam capazes de sair do anonimato e realizar grandes proezas em nome do Senhor, nosso Deus.

11 de julho de 2016

A Palavra Preferida de Deus

“O Espírito e a noiva dizem: “Vem!” E todo aquele que ouvir diga: “Vem!” Quem tiver sede venha; e quem quiser, beba de graça da água da vida” (Apocalipse 22:17).

De acordo com filólogos e gramáticos, a língua portuguesa tem aproximadamente 300 mil verbetes.
Como Deus não está limitado a regras de semântica ou gramática, em Seu infinito vocabulário, qual seria a palavra favorita dEle?
Sempre que a pronunciamos, essa palavra demonstra o interesse pelo bem-estar das pessoas, o desejo de ter sua companhia.
Nós a dirigimos a quem duvida do nosso amor e acolhimento.
É a palavra que Deus usa para aqueles que se recolhem em si mesmos com medo dEle.
Essa palavra se repete três vezes no texto de hoje.
Está apropriadamente inserida na conclusão do último livro; no último convite da Bíblia.
É a palavra “vem”.
Parece que Deus, no fim de tudo, antes de fechar o último texto e tudo o que os escritores da Bíblia tinham falado, disse a João: “Vamos abrir parênteses. Deixe-Me fazer um novo convite. Vamos dar mais uma chance para que decidam. Ainda há muitos indecisos. Deixe-Me insistir. Por isso, o Espírito e a noiva dizem: ‘Vem!’ E todo aquele que ouve diga: ‘Vem!’ Quem tiver sede, venha”.
Essa era a palavra que estava constantemente nos lábios de Jesus: “Venham a Mim todos os que estão cansados e sobrecarregados” (Mateus 11:28).
“Venham, benditos de Meu Pai!” (Mateus 25:34).
Mas, apesar dessa insistência, Ele diz: “Quem quiser”. Não “quem entende”, “quem pode” ou “quem é digno”. Simplesmente quem quiser.
No dia do funeral de Janete, Ted Kidd, o esposo, contou como haviam se conhecido.
Ele tinha terminado antes que ela os estudos na faculdade e trabalhava numa cidade a centenas de quilômetros dali.
Pareciam estar sempre em diferentes cidades, mesmo assim, já namoravam havia sete anos.
Em cada Dia dos Namorados, Ted propunha o noivado, mas Janete dizia: “Não, ainda não”.
Finalmente, ambos foram morar em Dallas.
Ted estava no limite de sua paciência.
Comprou um anel de noivado e convidou-a para jantar.
Estava preparado para insistir na proposta. Outro “não” significaria que ele teria que decidir viver sem ela. Depois da sobremesa seria a hora. Reuniu toda a sua coragem, mas sabendo que Janete havia levado um presente para ele, decidiu esperar.
“O que você trouxe?” Perguntou ele.
Janete colocou nas mãos dele uma pequena caixa do tamanho de um livro.
Ele abriu a caixa e desdobrou cuidadosamente o papel de seda.
Dentro havia uma peça de bordado que Janete havia feito, com uma simples inscrição: “Sim”.
Essa é a palavra que Deus anseia ouvir de cada um de nós.


4 de julho de 2016

Amorável Convite

“Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei” (Mateus 11:28).

Este é, sem dúvida alguma, um dos textos mais amados da Bíblia.
E, embora já o tenhamos lido inúmeras vezes, nem sempre procuramos entender o contexto desse doce convite.
Por que Jesus disse: “ “Vinde a Mim”?
Porque era impossível alguém achar sabedoria e alívio para o espírito nos sábios daquele tempo.
O verso 25 esclarece o motivo: “Por aquele tempo,  exclamou Jesus: Graças Te dou, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos”.
Os sábios do tempo de Jesus não tinham poder nem autoridade para proporcionar um caminho de escape para as multidões que viviam sob o fardo do pecado e da ansiedade.
Jesus os descreveu da seguinte maneira: “Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco” (Mateus 15:14).
O mundo de hoje tem mais guias cegos do que no passado.
Até mesmo muitos que usam as Escrituras Sagradas estão nessa categoria, pelo fato de as interpretarem conforme suas conveniências pessoais.
Com toda a certeza podemos afirmar que “nem todo o que me diz Senhor, Senhor”, tem uma palavra segura para dizer aos que passam por aflições e dúvidas.
Há também uma legião de falsos mestres que nem mesmo abrem as Escrituras.
Apresentam a ciência como solução para os problemas humanos.
Mas estamos cansados de saber que, à medida que a ciência avança em suas conquistas, o ser humano mergulha mais e mais na angústia e no desespero.
Os ouvintes de Jesus estavam aflitos e oprimidos porque tinham sido desencaminhados pelos mestres daquele tempo.
Os escribas e fariseus impuseram-lhes o jugo da salvação pelas obras.
A religião havia sido reduzida a um monte de enfadonhas formalidades.
Por isso o povo estava cansado e oprimido.
Mateus 23:4 dá detalhes sobre o fardo daquele tipo de religião: “Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem move-los”.
Por essa razão, milhares e milhares de pessoas haviam perdido a esperança.
Muitos não tinham mais horizontes para a vida.
Foi nessas circunstâncias angustiantes que Jesus fez o convite: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei”.



27 de junho de 2016

Deus não Desiste

Pense nisto. Durante milhares de anos, usando sua esperteza e seu charme, o homem tentou ser amigo de Deus. 
E durante milhares de anos ele mais desapontou a Deus do que O alegrou. 
Fez exatamente o que prometeu nunca fazer.
Um fiasco. Mesmo os mais santos dos heróis por vezes se esqueciam de que lado estavam. 
Alguns deles vacilaram ou duvidaram em momentos importantes. 
Outros demonstraram um caráter no mínimo duvidoso.
Por que, então, Deus não desistiu de nós? Por que não deixou o globo sair dos eixos?
Em vez de sair de cena, Deus falou por meio de Seus profetas. 
Em vez de nos abandonar, Deus enviou Seu Filho para morrer por nós.
Mesmo hoje, depois que bilhões escolheram prostituir-se com fama, poder e riqueza, Ele ainda os espera.
De fato, a única coisa mais absurda que essa dádiva é nossa teimosa má vontade de recebe-la.
Hoje Deus ainda te diz: "Com amor eterno Eu te amei, por isso, com benignidade, te atraí! (Jeremias 31:3).

20 de junho de 2016

Espere no Senhor

Praticamente todos os dias temos de enfrentar situações em que é preciso esperar: é a fila que não anda, é o telefonema que não chega, é a internet que está lenta, é o semáforo que não abre…
Esperar não é, de fato, a experiência mais agradável da nossa vida, principalmente quando esperarmos por respostas às orações que fazemos a Deus quanto aos nossos anseios mais profundos e às nossas necessidades mais urgentes.
Além de orar, você pode fazer outras coisas para evitar que os períodos de espera no Senhor se transformem em momentos sombrios.
Permaneça na Palavra de Deus e continue a aprender a respeito do Senhor.
Peça que Ele lhe mostre os talentos e as aptidões concedidos e como desenvolvê-los.
Peça que lhe revele o que você precisa começar a fazer ou deixar de fazer.
Talvez Deus esteja esperando por você.
Se você continuar a caminhar com o Senhor e a dar passos que sabe serem corretos, certamente chegará a seu destino.
Ainda que a jornada pareça demorada, não desanime.
Mesmo quando sua vida parecer estagnada, se você se apegar ao Senhor, vai continuar avançando no rumo que Ele traçou.
Não é raro Deus realizar com rapidez uma obra que Ele vinha preparando há muito tempo.
Nesse meio-tempo, permita que Ele o sustente.
Diga para si mesmo: “Descanse no Senhor e aguarde por Ele com paciência” (Salmo 37:7).

Que possamos declarar como o salmista: “Espero no Senhor de todo o meu ser, e na Sua Palavra ponho a minha esperança. Espero pelo Senhor mais do que as sentinelas pela manhã; sim, mais do que as sentinelas esperam pela manhã!” (Salmo 130:5-6).