27 de outubro de 2015

Bondade - A Chave Que Abre Corações

O dicionário Aurélio define a palavra “bondade” como “boa ação”.
O conceito espiritual de bondade, proveniente do Espírito Santo, é muito mais amplo do que uma ação ou aparência exterior.
O mundo está cheio de pessoas fazendo “boas ações” e nem por isso andam conforme o Espírito Santo.
“Nenhuma aparência exterior pode recomendar a alma a Deus” (Patriarcas e Profetas, p. 638).
A verdadeira bondade só pode brotar de um coração transformado, resultado da conversão.
A verdadeira bondade não é um adorno exterior que visa obter reconhecimento ou vantagem.
O amor de Deus nos ligou de baixo para cima a fim de que possamos nos interligarmos uns com os outros.
Só poderemos compartilhar a bondade com o próximo se a buscarmos em Deus – nossa fonte inesgotável de bondade.
Nenhuma árvore se esforça para produzir seu fruto.
Você também não precisa se esforçar para ser bondoso.
A bondade é fruto do Espírito Santo e é Ele quem a produz em nós.
A bondade está ligada ao perdão.
“Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo” (Efésios 4:32).
Se o perdão genuíno fosse praticado viveríamos muito melhor.
Como podemos aplicar estes conceitos em nossa vida familiar?
A família é a célula-mãe de nossa sociedade.
Famílias ajustadas, sociedade equilibrada.
Qual tem sido o retrato de nossa sociedade? Encontramos nela genuína bondade?
Não podemos esperar da sociedade aquilo que não encontramos em nossas famílias.
A bondade precisa existir, mas lembremos que ela não vem de nós!
A bondade é um exercício a ser praticado entre os pais, pais e filhos, e entre irmãos.
O que não é cultivado no lar não prolifera para fora.
A bondade é uma plantinha a ser cultivada diariamente.
Qualquer criança nasce egoísta.
Aos três anos de idade, “não” é a palavra que mais pronuncia.
A criança deve ser ensinada desde cedo a compartilhar.
Mas esta só aprenderá se ver seus pais na prática compartilhando também.
Quando não agimos segundo este modelo, estamos expulsando Jesus de nosso lar.
“Mútua bondade e paciência farão do lar um paraíso e atrairão santos anjos para o círculo da família, mas eles fugirão da casa onde há palavras desagradáveis, rixas e atritos. Ausência de bondade, queixumes e ira expulsam Jesus do lar” (Lar Adventista. p. 422).
É fácil chegarmos à conclusão de que se não houver bondade no lar, também não haverá fora dele.
Podemos até tentar maquiar, mas não convenceremos a ninguém
“A menos que manifesteis mansidão, bondade e cortesia no lar, vossa religião será vã. Se houvesse mais genuína religião doméstica, mais poder haveria na igreja” (iden, p. 319).
Se nossas casas tivessem paredes de vidros, o que as pessoas veriam?
Quem sabe, nós somos a única Bíblia que muitos podem ler.
Religião é bondade e a bondade abre corações.
Quer ser grande?
“A verdadeira grandeza consiste na verdadeira bondade” (Profetas e Reis, p. 521).

Ao ser bondoso, você acaba sendo um agente transformador.


5 de outubro de 2015

Sal Fora do Saleiro

Quantas vezes você já ouviu a expressão: “fulano é sem sal!”?
O sal traz uma ideia de ânimo, euforia e entusiasmo.
Já houve uma época na Roma antiga em que o sal era usado como moeda, daí surgiu a palavra “salário” que significa: “pagamento com sal.
Ouvimos falar muito sobre os malefícios do sal quando não usado devidamente, a hipertensão é um exemplo disto.
Na Bíblia temos a história da mulher de Ló que olhou para trás e tornou-se uma estátua de sal (Gênesis 19:26).
O sal faz parte da nossa vida muito mais que imaginamos.
Temos sal no suor, na urina e nas lágrimas.
Mas o que Jesus queria dizer quando disse que nós somos o sal da terra?
Existe alguma lição importante a ser aprendida com o sal?
Veremos a seguir:

O sal é marcante.
O sal tem personalidade própria e por onde passa pode ser sentido.
Vivemos para marcar e transformar o ambiente em que estamos inseridos.
Somos chamados a fazer diferença, agir sem fazer parte do mundo.

O sal preserva.
O sal é usado como mecanismo de conservação. Ele impede que uma carne apodreça.
O mundo vive um processo de putrefação e podemos ser o sal que fará a diferença.

O sal purifica.
O sal é usado tanto no processo de tratamento da água como na purificação do ouro.
Nosso viver deve agir na eliminação das impurezas espirituais que estão em nossa volta.

O sal cura.
Quando criança muitas vezes coloquei sal sobre um ferimento após uma brincadeira.
O sal é anti-infectante, ele cura uma ferida.
Devemos curar os feridos que clamam por um socorro.

O sal era um símbolo.
Os sacrifícios dos hebreus não eram aceitos por Deus sem a presença do sal (Levítico 2:13).
Nossa vida de influência deve ser um sacrifício vivo em prol das pessoas e para a honra e glória de nosso Deus.

O sal dá sabor.
Não podemos ver o sal na comida, mas o sentimos.
Devemos ser sabor para um mundo tão insípido.
O mundo não precisa ver a peripécia de grandes feitos, ele precisa sentir simplesmente a influência de uma vida disposta a servir.

O sal dá sede.
Devemos levar o mundo a ter sede da Água Viva (João 4:14).

O sal age e não reage.
Espalha-se o sal na comida e não o contrário.
Não podemos esperar que o mundo venha a nós.
Cabe-nos tomar a iniciativa de influenciar um mundo sem o verdadeiro sabor.
0,03 gramas de sal é o suficiente para dar sabor a uma comida.
Não é preciso muito sal para fazer diferença no mundo.
Sorrir, apertar a mão, dar uma palavra amiga, estender apoio, ter cortesia, ser justo e amorável, oferecer um ombro, anunciar o amor de Deus são formas simples e possíveis de sermos sal em todo o momento.
Pois se o sal não der sabor, não tem valor algum e de nada mais serve a não ser para ser pisado pelos homens.
O sal pode ser encontrado nos mares.
22% do mar morto é puro sal!
Podemos encontrar sal até em Minas Gerais que não tem mar.
A jazida de Wielicza, na Polônia tem 32 mil metros de largura, 805 metros de comprimento e 366 metros de espessura e é explorada há mais de 300 anos... É muito sal!
Em 1976 a produção mundial de sal já passava de 172 milhões de toneladas de sal.
Só o Brasil produzia 2,2 milhões de toneladas.
Mesmo com tanto sal, o mundo ainda pode apodrecer por falta de sal.
Você é o verdadeiro sal!
Seja um sal fora do saleiro!