16 de novembro de 2015

O Poder da Restauração

Quero falar um pouco sobre o perfil de Pedro: um destacado discípulo de Jesus.
Pedro não era simplesmente um pescador.
Era mais que isto – era um líder nato.
Sempre falante e atuante, Pedro chamava a atenção por seu posicionamento sempre à dianteira.
E por ter um lugar de destaque, Pedro tornou-se pouco a pouco uma pessoa autossuficiente.
A autossuficiência é uma característica que marca negativamente a vida das pessoas.
A pessoa sempre se acha a melhor e a mais capaz.
Pedro disse que mesmo que Jesus fosse um tropeço para muitos, jamais seria para ele e que se fosse preciso morreria por Ele (ver Mateus 26:33 e 35).
Pedro confiava demais em si próprio.
Não podemos confiar em nós mesmos!
Enganoso é o nosso coração (ver Jeremias 17:9).
Paulo disse em 2 Coríntios 1:9 que nós não devemos confiar em nós mesmos, mas sim no Deus que ressuscita os mortos.
Pedro se achava o tal, sentia-se inabalável.
Pedro nem se lembrava mais que algum tempo antes ele quisera andar sobre as águas, mas quase morrera afogado, por causa de sua pequena fé (ver Mateus 14:22-33).
Pedro ainda demonstrou uma valentia desnecessária quando um soldado teve sua orelha decepada na ocasião da prisão de Jesus (ver Mateus 26:51).
Pedro aparentemente era um homem de muita fibra!
Mas no dia em que Pedro jurou fidelidade a Jesus, este lhe disse que três vezes o haveria de negar-lhe (Mateus 26:34).
Nós não podemos confiar em nós mesmos!
De nosso interior procedem caminhos tortuosos.
Jesus havia sido traído por Judas e estava preso.
No dito popular, a casa havia caído para os discípulos.
Estes discípulos tinham visto Jesus fazer coisas extraordinárias!
Por que não se livrou da prisão? Era a pergunta perturbante.
Bem que Jesus por tantas vezes tentara explicar a sua missão, mas os discípulos sempre mudavam de assunto.
Como os bons momentos foram permutados pelo medo, Pedro agora fora reconhecido como um seguidor de Jesus.
O que antes era motivo de orgulho, agora era motivo de negação.
Pedro negou a Jesus e ocultou a sua vivência com Jesus.
Cadê o homem que morreria por Jesus? Este homem parece que não existia mais.
Bem que Jesus tinha avisado: ore e vigie para que não caia em tentação.
Muitos dizem: eu não caio. Eu sou forte.
Com a tentação não tem conversa.
Pedro negou sobre a acusação de uma empregada, não era nem um soldado.
Como está a sua fé diante das provas desta vida?
Quem não suporta as menores provas, jamais estará habilitado para vencer as provas maiores.
O problema é que muitas vezes desconfiamos de Deus para confiar em nós mesmos.
Desobedecer a Deus é o mesmo que desconfiar dEle.
Temos que desconfiar de nós mesmos e confiarmos em Deus.
Pedro foi abordado por outra empregada. Era uma oportunidade de voltar atrás.
Mas vejamos que Pedro nega agora com ênfase maior e ainda jura.
O pecado consecutivo nos distancia gradativamente de Deus.
Muitos dizem, quando eu quiser eu volto.
Desconfie de você!
A tendência é de nos afastarmos cada vez mais.
Pedro disse que não conhecia a Jesus e, espiritualmente falando, ele não estava mentindo.
Porque Jesus é a verdade e quem conhece a verdade é liberto.
Conhecer Jesus é ter tempo de qualidade com Ele.
Na terceira abordagem, pessoas disseram que o jeito de Pedro falar era semelhante ao de Jesus (ver Mateus 26:73).
Pedro convivia muito tempo com Jesus, seus hábitos exteriores podiam até se assemelhar, mas o coração estava longe de Jesus.
Pedro primeiro havia o negado, depois negado e jurado e, por fim, negado e praguejado.
Os estágios do pecado são de contínua piora.
Após ter negado consecutivamente às alegações, cumpriu-se o que Jesus predissera, o galo cantou e Pedro lembrou-se de que Jesus é a verdade.
O pecado faz um estrago tão grande em nós que duro torna-se a dor do arrependimento.
Mas o arrependimento, embora doloroso, é um sinal de que o Espírito de Deus está trabalhando com você.
Nas lágrimas existe a esperança de restauração.
Deus quer te restaurar agora, não importa as besteiras que cometemos nesta vida.
Quando confiamos em nós mesmos quebramos a nossa cara.
Mas Deus nos aceita!
Pedro chorou amargamente (Mateus 26:75).
O seu choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.
Jesus olhou nos olhos de Pedro.
Que olhar cortante, mas era um olhar de restauração.
Pedro era um vaso quebrado e arrebentado, mas os olhos de Jesus viajaram no tempo e estes viram um líder vazio de si e cheio do Espírito Santo sacudindo a Sua igreja.
Pedro foi chorar justamente no jardim onde Jesus fora orar.
Então pergunto: o que é melhor? Chorar ou orar?
Pedro aprendera a lição.
Não existe um erro ou uma negação tão grande que Jesus não possa restaurar.
Jesus quer te restaurar agora!

Jesus pode fazer de sua vida quebrada um vaso novo.


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