O que tem feito você chorar?
Uma decepção na vida, a traição de um
amigo, uma doença que lhe aflige, uma desilusão amorosa?
Motivos não faltam para que choremos.
A Bíblia nos diz que o próprio Jesus
chorou (ver João 11:35).
Desde que existe pecado o choro tem
feito parte do cotidiano das pessoas.
E talvez o motivo que mais nos tem feito
chorar é a inoportuna morte.
A Igreja Católica celebra o dia 2 de novembro como
o “Dia dos Fiéis Defuntos”
ou simplesmente “Dia de Finados”.
Desde o 2º século, os cristãos passaram a rezar
pelos falecidos e a visitarem o túmulo de mártires, a fim de rezarem por estes.
A partir do século 5, passou-se a dedicar um dia anual
para se rezar por todos os mortos, inclusive por aqueles dos quais ninguém se lembrava.
E foi no século 18 que esse dia anual passou a ser
comemorado em 2 de novembro, logo após a “Festa de Todos os Santos”, sendo
adotado pelo Brasil como um feriado nacional, conforme as Leis n° 10.607/02 e
662/49.
A doutrina da “oração pelos mortos” não tem
qualquer fundamentação bíblica.
É durante a vida que o ser humano é convidado a
aceitar a salvação pela fé em Cristo Jesus (ver Gálatas 2:16; Atos 4:12; 1 João
5:11-12) e a aguardar o dia da gloriosa ressurreição, onde Deus chamará os que
dormem para devolver-lhes a vida (1 Tessalonicenses 4:16-17, 1 Coríntios
15:51-54).
Portanto, não há nada que se possa fazer para
ajudar alguém depois que desceu à sepultura.
Deus nunca quis que os seres humanos morressem.
Jesus veio para que tivéssemos vida em abundância (ver
João 10:10).
Mas com a entrada do pecado a morte passou a ser um
elemento indesejável em nossas vidas.
Alguém disse: “se morrer é descansar
prefiro viver cansado”.
Mas existe uma esperança para nós:
“Eis que vos digo um
mistério: Nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num
abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os
mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário
que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e o que é mortal
se revista da imortalidade... Então se cumprirá a palavra que está escrita:
Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está,
ó morte, o teu aguilhão?” (1 Coríntios
15:51-55).
A morte não durará para sempre.
Nossas lágrimas serão enxugadas e a
morte já não mais existirá (ver Apocalipse 21:4).
É preciso valorizar mais os vivos que os mortos.
Os vivos podem tomar a decisão por Jesus enquanto vivem,
mas os mortos já estão com o destino selados pelas escolhas que fizeram em
vida.
Isso não quer dizer que as boas lembranças de um
falecido devam ser esquecidas.
Assim como contamos lindas histórias de personagens
bíblicos que já morreram, existem milhares de pessoas que deixaram um bom
legado, cujo testemunho de vida ainda soa como exemplo a ser seguido.
Ouvi falar de uma mulher que seu esposo nunca a
havia presenteado com flores e rosas, mas que no dia de finados seus parentes
já falecidos recebiam homenagens que ela nunca recebera durante os longos anos
de vida conjugal.
Essa mulher clamava por socorro: “Ei! Eu estou viva
e preciso de atenção”.
Olhemos ao nosso redor e veremos pessoas carentes
de bons relacionamentos, apoio, carinho, amor, atenção, mas principalmente, de
encorajamento.
Estas pessoas precisam buscar o Senhor enquanto se
pode achar (ver Isaías 55:6).
Concentre seus esforços naqueles que ainda estão
vivos e que almejemos tê-los um dia no céu.
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