Motivado pelo diabo e pelo
crescimento populacional dos israelitas foi baixado um decreto de morte para
todas as crianças nascidas do sexo masculino (Êxodo 1:15 e 22).
As parteiras Sifrá e Puá tiveram
uma importante função no plano da salvação do povo de Israel.
Elas não obedeceram a Faraó
porque em seus corações estava implícito o código moral de que “antes importa obedecer a Deus que aos
homens” (Atos 5:29).
Moisés foi encontrado pelas
filhas de Faraó e passou a ser criado na casa de Faraó (Êxodo 2:10).
Moisés passou a ser criado como
um neto de Faraó (Êxodo 2:10) e recebeu a melhor educação e o melhor preparo
militar.
Nos esquecemos facilmente de
nossas raízes quando a nossa vida tem um grande avanço.
O contexto da criação de Moisés
contribuiu para que o mesmo tornasse arrogante e autossuficiente.
Prova disto, quando tinha a idade
de quarenta anos, Moisés viu um egípcio ferindo um daqueles de seu povo e
resolveu fazer justiça com as próprias mãos (Êxodo 2:12).
Quantas vezes não queremos
resolver as coisas a nosso grosso modo?
Está escrito em Zacarias 4:6: “Não por força, nem por violência, mas pelo
meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos”.
Moisés teve o cuidado de olhar
para todos os lados, antes de cometer aquele crime, mas o delito foi descoberto
(Êxodo 2:12-14).
De privilegiado, Moisés passa a
ser procurado (Êxodo 2:15).
Moisés então fugiu para o deserto
da Arábia (Êxodo 2:15).
E nesta terra estranha vive por
quarenta anos.
Quão bem fez aquele deserto para
Moisés!
Muitas vezes não entendemos o
porquê dos desertos em nossa vida.
Os desertos, as provações são
instrumentos de Deus para a nossa salvação.
Moisés precisava se descalçar de
sua arrogância, de sua autossuficiência, de seu grosso modo de resolver as
coisas.
Quão bem nos faz um deserto!
Faz-nos ser mais mansos, humildes
e susceptíveis à vontade de Deus.
Muitos desertos demoram passar,
mas demorarão o suficiente.
E a medida suficiente para Moisés
foi quarenta anos.
Deus sabe a medida certa de cada
um.
1 Coríntios 10:13 diz: “Não vos sobreveio tentação que não fosse
humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas
forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de
sorte que a possais suportar”.
Estás passando por um deserto?
Eu não sei quanto tempo este
demorará, mas se você suportar firme, tenho certeza que a sua vida será mais
semelhante a de Jesus.
Moisés aprendeu lições
valiosíssimas diante da natureza.
Ao cabo desta segunda fase de
quarenta anos, com oitenta anos de idade, Moisés recebeu o chamado para ser o
libertador do povo de Israel.
Muitos já se acham velhos demais
para Deus.
Deus precisa do vigor da juventude,
mas necessita também da experiência dos mais velhos.
Há lugar para todos na seara do
Senhor!
Moisés, enquanto apascentava o
rebanho de seu sogro Jetro, viu uma cena curiosa.
Lá havia uma árvore que se queimava
e não se consumia (Êxodo 3:2).
Moisés se aproximou mais e lá
estava o próprio Deus.
Eis que Moisés ouve a voz do
próprio Deus dizendo: “Não te chegues
para cá; tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa” (Êxodo
3:5).
A lição que tiramos deste ápice é
que devemos nos apresentar descalços diante de nosso Deus.
Descalços de nossa arrogância, de
nossa autossuficiência, de nossas incoerências, de nossas pretensões, de nossas
inclinações... descalços de nós mesmos.
Como aquele deserto foi importante
para Moisés!
A Bíblia diz em Números 12:3 que
o arrogante e violento Moisés tornou-se mui manso, mais que todos os homens da
terra.
Mas o deserto não foi o único
responsável!
Moisés estava no deserto, mas a
árvore queimava no monte Horebe – o “monte de Deus” (Êxodo 3:1).
O deserto te fará bem, mas você
deve subir para se apresentar diante do Senhor.
A vida cristã é de subida.
Devemos subir.
“Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto...” (Tiago
1:17).
Moisés superou o deserto, subiu
ao monte do Senhor e se descalçou de si mesmo.
Muitas vezes, Deus precisa
fazer-nos tocar o chão para entendermos as coisas.
Agora sim, Deus podia usar
Moisés, como deseja usar a mim e a você.
Deus falou a Moisés do clamor do
povo e do seu desejo de libertá-los através dele (Êxodo 3:6-10).
Então Moisés responde: “Quem sou
eu...” (Êxodo 3:11).
Interessante que gostamos de
falar isto. Principalmente quando se trata de coisas que consideramos
inatingíveis.
Deus também fez com que Saulo
tocasse o chão e quando este perguntou: “Quem
és tu Senhor?
A resposta foi imediata: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (Atos
9:5).
Saulo havia feito a pergunta
certa.
Mas aqui, quanto a Moisés, Deus
revela uma grande verdade.
Para Deus não importa quem você
é!
Não importa sua cor, sua altura,
sua cultura, seu nível social...
O que importa não é quem você é,
mas quem Deus é.
Ele nos diz: “Eu serei contigo!” (Êxodo 3:13).
Talvez Deus tenha falado a
Moisés:
“Sabe, eu não estou interessado
em quem você seja. Você passará dificuldades, enfrentará perigos e murmurações,
mas nada disto importa. O que importa é que Eu serei contigo. Se te perguntarem
sobre esta obra, diga que esta obra não é sua, mas esta obra é minha. Moisés,
não importa quem você é, importa que EU SOU”.
Tenha uma sarça em seu próprio
lar. Um lugar de encontro com Deus.
Não é possível pisar no solo
celestial com os nossos próprios calçados.
Esta realidade foi tão viva que
Moisés ainda viveu mais quarenta anos.
A Bíblia reserva estas
curiosidades: três fases distintas de quarenta anos.
Cento e vinte anos no total.
Moisés viveu 40 anos pensando que
era alguém, 40 anos aprendendo que não era ninguém e 40 anos descobrindo que
Deus pode fazer com um “ninguém.
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