14 de junho de 2015

Pais e Filhos

Um pai foi chamado na escola para receber observações sobre o comportamento do filho que não ia muito bem.
Pedagogicamente é correto primeiro evidenciar as qualidades para depois se falar dos  problemas.
Então a professora disse: “seu filho é muito esperto”. O pai emendava: “puxou o pai”.
“Seu filho é muito inteligente” – dizia a professora. E o pai repetia: “puxou o pai”.
“Mas ele está ficando preguiçoso” – disse a professora.
O pai então disse: “isto aí ele puxou da mãe!”
No mundo dos relacionamentos queremos reter para nós o que é bom e jogar o ruim para os outros.
Relacionamento tem sido mostrado como uma matéria complicada.
E se tratando de família isto pode se tornar tarefa mais difícil ainda.
A complexidade se dá porque na família ninguém consegue fingir.
A religião em casa, o relacionamento familiar não tem máscaras.
Num comércio se tenta agradar, impressionar, mas no lar todos se conhecem.
O relacionamento entre pais e filhos é uma via de mão dupla.
É dever dos filhos obedecer e honrar aos pais e dever dos pais não provocar a ira dos filhos (Efésios 6:1-4).
É uma troca. Não é quem manda mais!
É respeito mútuo. É a vontade de Deus.
Em Roma Antiga havia o Pátrio Poder.
Um pai podia vender a esposa, filhos, escravizá-los ou castigá-los até a morte.
Havia também o ritual da aceitação. O filho que nascia era colocado aos pés de seu pai.
Se o mesmo se levantasse e se inclinasse era porque o aceitava.
Às vezes, o pai dava meia-volta abandonando o filho. Quando este era deficiente, dificilmente sobrevivia.
Hoje, melhoramos muito, mas ainda existem pais que abandonam ou não reconhecem seus filhos.
O choque de gerações pode ser um motivo de dificuldade no relacionamento entre pais e filhos.
Os pais vivem em um mundo diferente dos filhos.
Os pais querem trazer os filhos para o seu mundo, enquanto os filhos desejam compreensão.
Isto não pode ser uma barreira.
Deve haver uma aproximação das partes.
Equilíbrio é ingrediente indispensável no cristianismo.
A experiência dos pais deve ser aliada à vitalidade dos jovens.
A Bíblia sugere que os jovens devem respeitar a experiência dos pais (Efésios 6:1-4).
Os pais sempre querem o melhor.
Mas o texto também diz que esta experiência não deve ser motivo de irritação.
Podemos visualizar no mundo pelo menos três estereótipos de relacionamentos entre pais e filhos:
a)      Pais X Filhos
Há sempre disputa pelo poder.
Cada um quer desafiar mais.
Não existe interação.
Há insubordinação e rivalidade.
Há famílias que são os filhos que mandam e isto não é da vontade de Deus.
b)      Pais = Filhos
O lar deve haver limites.
Filhos são subordinados, devendo compreender seu lugar e respeitar a hierarquia.
c) Filho = Pai
Jesus nunca se desarmonizou de Deus. Os pais devem fornecer ao filho um caráter digno de ser imitado.
Honrar e obedecer aos pais é não lhes causarem tristezas.
Provérbios 17:25 diz: “O filho insensato é tristeza para o seu pai e amargura para quem lhe deu a luz”.
Os pais se entristecem quando os filhos não assumem suas responsabilidades ou lhes trazem aborrecimentos. Ficam frustrados e perdem o sono.

Como um filho pode honrar seus pais?
a)      Mantendo um diálogo aberto e sem separação de nível, pois os pais se interessam pelo que acontece com os filhos. À família recai a máxima: “um por todos e todos por um”.
b)      Tendo um plano de vida, lutando para ser “alguém” no futuro.
c)      Mantendo um compromisso com Deus sob qualquer prova, onde quer que esteja.
d)     Pondo em prática os ensinos passados, servindo para a vida.

Como os pais podem irritar seus filhos?
a)      Com a falta de diálogo, não considerando as opiniões dos filhos e promovendo monólogos.
b)      Fazendo comparações com outro irmão, criando modelos. Isto pode ser destrutivo, pois cada filho é um ser único e individual. Essa desvalorização promove a impotência.
c)      Tendo favoritismo.
d)      Tendo uma hipocrisia religiosa ao querer dos filhos o que não vivem.
e)      Com um desequilíbrio conjugal promovido por brigas e falta de carinho e afeto. Pais equilibrados filhos ajustados.
f)        Cobrando uma dependência exagerada, quando há questões que já podem decidirem.
g)      Mostrando uma “cabeça dura”, julgando estar sempre corretos, nunca dando o braço a torcer. É preciso mudar conceitos, reconhecer as falhas e evoluir.
h)      Com a falta de incentivo e palavras negativas. O incentivo pode valer mais que a reprovação.

Um jovem psicólogo deu a seu livro o nome: “10 Mandamentos Para os Pais”.
Quando nasceu seu primeiro filho reeditou o mesmo livro com o nome: “10 Sugestões Para os Pais”.
Já com quatro filhos modificou novamente o título para: “10 Possíveis Dicas Para os Pais”.
Esta é uma eterna escola.
Cabe-nos buscar a sabedoria de vem de Deus, reconhecendo sempre as nossas limitações.



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