Um pai foi chamado na escola para receber
observações sobre o comportamento do filho que não ia muito bem.
Pedagogicamente é correto primeiro
evidenciar as qualidades para depois se falar dos problemas.
Então a professora disse: “seu filho é muito
esperto”. O pai emendava: “puxou o pai”.
“Seu filho é muito inteligente” – dizia a
professora. E o pai repetia: “puxou o pai”.
“Mas ele está ficando preguiçoso” – disse a
professora.
O pai então disse: “isto aí ele puxou da
mãe!”
No mundo dos relacionamentos
queremos reter para nós o que é bom e jogar o ruim para os outros.
Relacionamento tem sido mostrado
como uma matéria complicada.
E se tratando de família isto
pode se tornar tarefa mais difícil ainda.
A complexidade se dá porque na
família ninguém consegue fingir.
A religião em casa, o
relacionamento familiar não tem máscaras.
Num comércio se tenta agradar,
impressionar, mas no lar todos se conhecem.
O relacionamento entre pais e
filhos é uma via de mão dupla.
É dever dos filhos obedecer e
honrar aos pais e dever dos pais não provocar a ira dos filhos (Efésios 6:1-4).
É uma troca. Não é quem manda
mais!
É respeito mútuo. É a vontade de
Deus.
Em Roma Antiga havia o Pátrio
Poder.
Um pai podia vender a esposa,
filhos, escravizá-los ou castigá-los até a morte.
Havia também o ritual da
aceitação. O filho que nascia era colocado aos pés de seu pai.
Se o mesmo se levantasse e se
inclinasse era porque o aceitava.
Às vezes, o pai dava meia-volta
abandonando o filho. Quando este era deficiente, dificilmente sobrevivia.
Hoje, melhoramos muito, mas ainda
existem pais que abandonam ou não reconhecem seus filhos.
O choque de gerações pode ser um
motivo de dificuldade no relacionamento entre pais e filhos.
Os pais vivem em um mundo
diferente dos filhos.
Os pais querem trazer os filhos
para o seu mundo, enquanto os filhos desejam compreensão.
Isto não pode ser uma barreira.
Deve haver uma aproximação das
partes.
Equilíbrio é ingrediente
indispensável no cristianismo.
A experiência dos pais deve ser
aliada à vitalidade dos jovens.
A Bíblia sugere que os jovens
devem respeitar a experiência dos pais (Efésios 6:1-4).
Os pais sempre querem o melhor.
Mas o texto também diz que esta
experiência não deve ser motivo de irritação.
Podemos visualizar no mundo pelo
menos três estereótipos de relacionamentos entre pais e filhos:
a)
Pais X Filhos
Há sempre disputa pelo poder.
Cada um quer desafiar mais.
Não existe interação.
Há insubordinação e rivalidade.
Há famílias que são os filhos que
mandam e isto não é da vontade de Deus.
b)
Pais = Filhos
O lar deve haver limites.
Filhos são subordinados, devendo
compreender seu lugar e respeitar a hierarquia.
c)
Filho = Pai
Jesus nunca se desarmonizou de
Deus. Os pais devem fornecer ao filho um caráter digno de ser imitado.
Honrar e obedecer aos pais é não
lhes causarem tristezas.
Provérbios 17:25 diz: “O filho
insensato é tristeza para o seu pai e amargura para quem lhe deu a luz”.
Os pais se entristecem quando os
filhos não assumem suas responsabilidades ou lhes trazem aborrecimentos. Ficam
frustrados e perdem o sono.
Como um filho pode honrar seus
pais?
a) Mantendo
um diálogo aberto e sem separação de nível, pois os pais se interessam pelo que
acontece com os filhos. À família recai a máxima: “um por todos e todos por
um”.
b) Tendo
um plano de vida, lutando para ser “alguém” no futuro.
c) Mantendo
um compromisso com Deus sob qualquer prova, onde quer que esteja.
d) Pondo
em prática os ensinos passados, servindo para a vida.
Como os pais podem irritar seus
filhos?
a)
Com a falta de diálogo, não considerando as opiniões
dos filhos e promovendo monólogos.
b)
Fazendo comparações com outro irmão, criando modelos.
Isto pode ser destrutivo, pois cada filho é um ser único e individual. Essa
desvalorização promove a impotência.
c)
Tendo favoritismo.
d)
Tendo uma hipocrisia religiosa ao querer dos filhos
o que não vivem.
e)
Com um desequilíbrio conjugal promovido por brigas
e falta de carinho e afeto. Pais equilibrados filhos ajustados.
f)
Cobrando uma dependência exagerada, quando há
questões que já podem decidirem.
g)
Mostrando uma “cabeça dura”, julgando estar sempre
corretos, nunca dando o braço a torcer. É preciso mudar conceitos, reconhecer
as falhas e evoluir.
h)
Com a falta de incentivo e palavras negativas. O
incentivo pode valer mais que a reprovação.
Um jovem psicólogo deu a seu
livro o nome: “10 Mandamentos Para os Pais”.
Quando nasceu seu primeiro filho
reeditou o mesmo livro com o nome: “10 Sugestões Para os Pais”.
Já com quatro filhos modificou
novamente o título para: “10 Possíveis Dicas Para os Pais”.
Esta é uma eterna escola.
Cabe-nos buscar a sabedoria de
vem de Deus, reconhecendo sempre as nossas limitações.
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