“Que darei ao Senhor
por todos os seus benefícios para comigo?” (Salmo 116:12).
Esta é uma pergunta de difícil resposta.
Será que podemos oferecer algo suficiente para compensar o
que o Senhor nos tem dado?
Com certeza, não.
Se assim fosse, alcançaríamos a graça divina por nossos
méritos.
Deus havia prometido a Abraão que sua descendência seria
como as estrelas do céu. (Gênesis 15:5).
Mas com o avanço da idade a fé daquele que viria a ser o pai
dos fiéis começou a vacilar.
Temos um Deus que não falha e o que nos promete Ele sempre
cumprirá.
A fim de que a fé de Abraão pudesse ser aperfeiçoada, com a
idade de 120 anos este foi chamado a enfrentar a maior prova que qualquer ser
humano poderia passar.
Abraão estava instalado em Berseba, era um homem rico e
influente.
Numeroso era o seu rebanho.
Gozava de grande respeito e prestígio dos cidadãos de sua
localidade.
Deus então pondo Abraão em prova lhe diz: “Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a
quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto sobre um dos
montes que eu te mostrarei” (Gênesis 22:2).
Abraão foi convidado a ir a Moriá, em um de seus montes.
Em nossa vida de devoção somos intimados constantemente a
“subir”, e este subir muitas vezes é cansativo.
Abraão deveria subir ao lugar que Deus lhe mostraria e
muitas das vezes não permitimos que o Senhor nos mostre o lugar em que devemos
ir.
Abraão, diante do pedido de Deus começou a imaginar as
incoerências.
Isaque era a sua alegria, o filho da promessa.
É de nossa natureza questionar o curso das coisas.
Mesmo assim, Abraão de madrugada não olvidou e partiu com o
necessário para cumprir sua missão.
Quando Deus lhe pedir algo, não demore em atende-lo.
Abraão trilhou com sua caravana pelo mais longo dia de sua
vida até que pudesse no terceiro dia avistar uma nuvem de glória sobre o monte
Moriá – o local escolhido por Deus.
O coração dolorido de Abraão sentiu a confirmação de Deus e
quem sabe imaginou o que está escrito em Hebreus 11:19: “... que Deus era
poderoso até para ressucitá-lo dentre os mortos.”
Abraão então pede que todos os seus acompanhantes
permanecessem naquele ponto.
Quando Deus te chamar, despeça também de todos os empecilhos
de sua vida.
Então Isaque se dirige: “Meu
pai...”.
Aquelas foram as palavras mais cortantes que Abraão já
ouvira.
“Aqui está o fogo, a
lenha, mas onde está o cordeiro?” (Gênesis 22:7).
Abraão, a princípio, sem imaginar o que iria ocorrer e
adiando o desfecho daquele sacrifício, encobriu a verdade com outra mais
grandiosa e redentora verdade: “Deus
proverá para si o cordeiro” (Gênesis 22:8).
Era fácil para um jovem de 18 anos livrar-se de um velho de
120 anos, mas Isaque aprendera desde cedo aceitar os desígnios do céu.
Isaque é então submetido ao altar e quando o cutelo é
levantado soa a voz do céu: “Não faças
nenhum mal ao rapaz...” (Gênesis 22:12).
Então Abraão desamarra Isaque e encontra um cordeiro para
oferecer em substituição ao seu filho.
Estávamos outrora como Isaque, à beira do cutelo, mas um
cordeiro substituto foi providenciado para o nosso lugar.
Esta história de fé continua a ser uma luz para aqueles que
desejam fazer a vontade divina.
Mesmo a despeito das adversidades, dos enganos e dúvidas de
Satanás, Abraão não desistiu de fazer a vontade de Deus.
Abraão é hoje reconhecido como o “Pai da fé” por esta grande
história.
Esta história foi a verdadeira e prévia manifestação do
evangelho de Cristo pela salvação dos homens.
E olhando para Cristo, sua sorte não foi a mesma de Isaque.
Não se ouviu nenhum “basta”.
Tudo isto por amor a mim e a você.
Respondendo à pergunta inicial, podemos concluir que o maior
benefício que temos recebido é o contínuo e inesgotável amor de Deus por nós.
Todo amor espera uma resposta.
Já ouvira o ditado: “Amor com amor se paga”?
Talvez não sejamos convidados a entregar nossa vida num
holocausto, mas o mínimo que podemos fazer é entregar-nos como ofertas vivas
aos pés do Senhor.
Que nossa vida seja uma oferta de aroma suave no altar de
Deus!
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