10 de novembro de 2014

O Poder da Língua

A palavra pode tanto levantar um doente como matar um saudável.
Os árabes costumam dizer que existem três coisas que jamais voltam: o dia de ontem, a flecha disparada e a palavra dita.
A língua tem matado mais do que qualquer guerra, fome, catástrofe natural.
Uma língua descontrolada é como uma epidemia incurável. Mas o que guarda a língua livra a sua alma da angústia, disse o sábio Salomão (ver Provérbios 21:23).
Provérbios 16:28 nos diz: “O homem perverso espalha contenda e o difamador separa os maiores amigos”.
Nunca toque numa ferida se você não tem como tratá-la.

Nelson Rodrigues disse: “Os homens mentiriam menos se as mulheres fizessem menos perguntas”.
A revista Veja de 02/10/2002 disse que ouvimos, em média, 200 mentiras por dia.
A reportagem dá uma conotação agradável à mentira, considerando-a como “apaziguadora social”.
Acrescenta ainda a reportagem que “a vida sem a mentira não teria a menor graça – seria um inferno”.
Mas não é isto que a Palavra de Deus nos diz.
Mateus 5:37 diz: “Seja porém a tua palavra: sim, sim, não, não...”
Mais vale ser pobre que mentiroso! (ver Provérbios 19:22).

Provérbios 15:1: "A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira".
O Evangelho não nos prescreve respostas duras ou insensatas.
Devemos fazer limonada com os limões que são atirados em nós.
Devemos dar sempre ao mundo uma resposta branda e uma palavra açucarada.

No mundo de hoje devemos saber dosar nossas palavras.
Colossenses 4:6 nos diz: “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um”.

Efésios 5:4: “Não haja obscenidade, nem conversas tolas, nem gracejos imorais, que são inconvenientes, mas, ao invés disso, ações de graças”.
Nossa conversação revela quem somos.
Paulo escreveu a Tito para que fosse um exemplo de boas obras e de “linguagem sadia e irrepreensível” (ver Tito 2:7-8).

Sempre há grande perigo de se pensar com nossa boca ao invés do cérebro.
Salomão disse que responder antes de ouvir é vergonha (ver Provérbios 18:13).
Devemos saber o momento certo de falar certas coisas.
Provérbios 25:11 diz: “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita em seu tempo”.
Saber falar na hora certa é comparado a um grande tesouro que possuímos.

Provérbios 26:20 diz: “Sem lenha o fogo se apaga e, não havendo maldizente, cessa a contenda”
É bem mais fácil se precaver de um incêndio de que provoca-lo e depois tentar apaga-lo.

Existem ainda aquelas pessoas que só sabem questionar.
Questionam o vestuário, o alimento, a família, a igreja e até elas mesmas.
Devemos sempre ser agradecidos pela proporção de bênçãos que nos foi concedida.
Provérbios 13:3 diz: “O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruina”.
Abrahan Lincoln disse: “Aquele que se julga com o direito de criticar deve ter também um coração bondoso para ajudar”.

O cristão deve valer-se de suas palavras para dizer somente aquilo que for necessário, importante e edificador.
Efésios 4:29: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem”.

Provérbios 4:24 diz: “Desvia de ti a falsidade da boca e afasta de ti a perversidade dos lábios”.
Não adianta dizer palavras macias, enquanto o coração está cheio de guerra.
Se você não aprendeu a refrear a língua a sua religião será vã e enganosa (ver Tiago 1:26).
Aquele que insiste em julgar os outros tem alguma coisa que está tentando esconder.

O mundo está cheio de gente de braços cruzados e língua solta.
Devemos ser uma exceção.
Isaías 50:4 nos diz: “O Senhor me deu língua de eruditos, para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado”.
Existe ainda aquele momento que se não há nada de importante para dizer, siga o conselho de Jeremias, em Lamentações 3:26 “Bom é aguardar a salvação no Senhor, e isso em silêncio”.
Há um provérbio inglês diz o seguinte: “É melhor manter-se em silêncio e pensarem que você é um tolo, do que falar e remover toda a dúvida”.

Mas para mudarmos as nossas palavras, é necessário que permitamos primeiro a mudança de nosso coração, pois a boca diz daquilo que no coração está cheio (ver Mateus 12:34).


Nenhum comentário:

Postar um comentário