21 de julho de 2014

Cavalos de Tróia

Conta-nos que no período helenístico, cerca de 1200 a.C, Tróia era uma cidade fortificada que os gregos almejavam conquistar. Helena, rainha de Esparta, havia sido raptada pelo príncipe troiano Páris. Tróia contava com um exército poderosíssimo e muros intransponíveis. Vencê-la por uma batalha era algo quase impossível. Os gregos então tiveram a brilhante ideia de construir um grande cavalo de madeira, oco por dentro e que pudesse se locomover facilmente sobre rodas. Ao construírem tal artefato, forjaram um ataque à Tróia, vindo a fugir do enfrentamento, todavia deixando o cavalo no local. Tróia fez do cavalo um memorável troféu de vitória naquele enfrentamento. O que os troianos jamais imaginavam é que dentro daquele cavalo oco havia inúmeros soldados que, ao anoitecer, saíram de seu interior, abriram os portões da cidade para que os gregos pegassem a todos os troianos despreparados.
Hoje Satanás tem se valido deste estratagema para fracassar a missão da Igreja.
E isto talvez seja a melhor resposta para compreendermos o porquê de a Igreja muitas vezes falhar.
Alguém disse que “nunca a igreja esteve tão mundana e o mundo tão religioso”.
Parece existir uma inversão de valores.
Nunca se falou tanto de religião no mundo, assim como nunca se viu tanto mundanismo dentro da igreja.
Numa carta escrita a Timóteo, Paulo fez um desabafo: “Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou...” (2 Timóteo 4:10).
O secularismo acontece quando o mundo pressiona o espaço de Deus.
Deus só precisa de um espaço em seu coração e é este espaço que temos dado a tantas outras coisas corruptíveis.
Vivemos na era digital, onde o Facebook rouba o coração e o tempo de Deus.
Celulares colocam a pornografia nas mãos de nossos filhos em tão tenra idade.
Companhias inadequadas proporcionam ensinamentos e influências profanas.
A pressão de grupo faz nossos jovens serem aquilo que não são e desejarem aquilo que não querem.
Ainda que o mundo te contemple calado, ele está te observando.
Ellen White disse: “os pecados que controlam o mundo têm penetrado nas igrejas e no coração daqueles que professam ser o povo peculiar de Deus.” (Testemunhos Seletos, volume 2, página 156).
As águas escuras do Rio Negro não se misturam com as águas barrentas do Rio Solimões. Ambas vão ao mar lado a lado sem se misturarem.
Mundanismo é ter gosto pelos prazeres e práticas do mundo, ainda que estas sejam claramente condenadas.
Israel ficou com inveja das outras nações e copiou o modelo monárquico, entretanto, copiou também a sua idolatria.
“A conformidade aos costumes mundanos converte a igreja ao mundo; jamais converte o mundo a Cristo” (O Grande Conflito, página 509).
Não podemos nos conformar com este século (ver Romanos 12:2).
Não podemos nos conformar, ficar de braços cruzados.
A Bíblia não fala que a mulher de Ló praticava as abominações de Sodoma, mas o seu coração se conformava.
Vivemos na era do “cristão denorex” – “parece, mas não é!”.
Jesus não amaldiçoou aquela figueira pela falta de frutos (Mateus 21:19), mas por ser uma propaganda enganosa.
Saudosos são os crentes que mesmo diante do fogo morriam sem negar a fé!
Muitos têm usado indevidamente o nome de cristão.
Temos que tomar uma decisão!
Escolher a quem serviremos.
Chega de sermos cristãos meia-bocas.

“A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” (Educação, página 57)

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