Conta-nos que no período
helenístico, cerca de 1200 a.C, Tróia era uma cidade fortificada que os gregos
almejavam conquistar. Helena, rainha de Esparta, havia sido raptada pelo
príncipe troiano Páris. Tróia contava com um exército poderosíssimo e muros
intransponíveis. Vencê-la por uma batalha era algo quase impossível. Os gregos então
tiveram a brilhante ideia de construir um grande cavalo de madeira, oco por
dentro e que pudesse se locomover facilmente sobre rodas. Ao construírem tal
artefato, forjaram um ataque à Tróia, vindo a fugir do enfrentamento, todavia
deixando o cavalo no local. Tróia fez do cavalo um memorável troféu de vitória
naquele enfrentamento. O que os troianos jamais imaginavam é que dentro daquele
cavalo oco havia inúmeros soldados que, ao anoitecer, saíram de seu interior,
abriram os portões da cidade para que os gregos pegassem a todos os troianos
despreparados.
Hoje Satanás tem se valido deste
estratagema para fracassar a missão da Igreja.
E isto talvez seja a melhor
resposta para compreendermos o porquê de a Igreja muitas vezes falhar.
Alguém disse que “nunca a igreja
esteve tão mundana e o mundo tão religioso”.
Parece existir uma inversão de
valores.
Nunca se falou tanto de religião
no mundo, assim como nunca se viu tanto mundanismo dentro da igreja.
Numa carta escrita a Timóteo,
Paulo fez um desabafo: “Porque Demas,
tendo amado o presente século, me abandonou...” (2 Timóteo 4:10).
O secularismo acontece quando o
mundo pressiona o espaço de Deus.
Deus só precisa de um espaço em
seu coração e é este espaço que temos dado a tantas outras coisas corruptíveis.
Vivemos na era digital, onde o Facebook
rouba o coração e o tempo de Deus.
Celulares colocam a pornografia
nas mãos de nossos filhos em tão tenra idade.
Companhias inadequadas
proporcionam ensinamentos e influências profanas.
A pressão de grupo faz nossos
jovens serem aquilo que não são e desejarem aquilo que não querem.
Ainda que o mundo te contemple
calado, ele está te observando.
Ellen White disse: “os pecados que controlam o mundo têm
penetrado nas igrejas e no coração daqueles que professam ser o povo peculiar
de Deus.” (Testemunhos Seletos, volume 2, página 156).
As águas escuras do Rio Negro não
se misturam com as águas barrentas do Rio Solimões. Ambas vão ao mar lado a
lado sem se misturarem.
Mundanismo é ter gosto pelos
prazeres e práticas do mundo, ainda que estas sejam claramente condenadas.
Israel ficou com inveja das
outras nações e copiou o modelo monárquico, entretanto, copiou também a sua
idolatria.
“A conformidade aos costumes
mundanos converte a igreja ao mundo; jamais converte o mundo a Cristo” (O
Grande Conflito, página 509).
Não podemos nos conformar com
este século (ver Romanos 12:2).
Não podemos nos conformar, ficar
de braços cruzados.
A Bíblia não fala que a mulher de
Ló praticava as abominações de Sodoma, mas o seu coração se conformava.
Vivemos na era do “cristão
denorex” – “parece, mas não é!”.
Jesus não amaldiçoou aquela figueira
pela falta de frutos (Mateus 21:19), mas por ser uma propaganda enganosa.
Saudosos são os crentes que mesmo
diante do fogo morriam sem negar a fé!
Muitos têm usado indevidamente o
nome de cristão.
Temos que tomar uma decisão!
Escolher a quem serviremos.
Chega de sermos cristãos
meia-bocas.
“A maior necessidade do mundo é a de homens -
homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam
verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome
exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo;
homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” (Educação, página 57).
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