31 de março de 2014

A Mão de Deus ao Leme

"Ele muda as épocas e as estações; destrona reis e os estabelece. Dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos que sabem discernir" (Daniel 2:21). 

Por séculos de vacilos e constantes reprovações aos olhos do criador, profeticamente, Israel foi levado cativo por Babilônia.
Uma pátria desconhecida e estranha, onde os costumes, cultura e clima eram bem diferentes do que estavam acostumados.
O Deus “Eu Sou”, o qual todos deveriam crer, era também um Deus desconhecido nesta nova pátria.
Eis aqui alguns dos vários motivos pelos quais era desolador viver em Babilônia.
Babilônia era governada por um arrogante e presunçoso rei – Nabucodonosor era o seu nome.
Babilônia era a glória de seu ego.
Os anais registram que os jardins suspensos de Babilônia é considerada uma das “sete maravilhas do mundo antigo”.
Nabucodonosor se considerou ser um tipo de “deus” ao pronunciar: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder, e para a glória de minha majestade” (Daniel 4:30).
Certa ocasião, Nabucodonosor teve um sonho, do qual não conseguiu se lembrar dos detalhes principais.
Convocou todos os magos, feiticeiros, encantadores e “sábios” de seu reino para que pudessem lembrá-lo do que tinha esquecido, sob pena de morte (Daniel 2:10-13).
Que autossuficiência! Ele havia se esquecido e os outros eram quem deveriam saber.
Estes destacados homens de Babilônia, em face ao desespero e impotência diante da situação responderam que ninguém poderia revelar, senão os deuses (Daniel 2:11).
Em primeiro lugar, reconheceram suas incapacidades, em segundo, atribuíram esta capacidade a quem não era digno [os deuses – deuses falsos], por fim, criam que Deus não morava entre os homens.
Somente Deus pode revelar todos os mistérios do universo, Ele é único e verdadeiro, se fez carne e habitou entre nós (João 1:14), deixou-nos o Consolador para acompanhar-nos por toda a nossa vida (João 16:7).
Diante deste problema, Daniel, com todas as razões para ser um desmotivado, assim como José, a menina cativa de Naamã, pensou em fazer algo bom, mesmo faltando-lhe as razões.
Muito sangue inocente seria derramado.
Às vezes, neste mundo estamos vivendo desmotivados em testemunhar a um mundo tão mal, mas os exemplos destes personagens nos mostram a importância de fazer aquilo que é bom e reto, mesmo na adversidade.
A atitude de Daniel para esta situação deve ser a atitude-chave para a vida de qualquer cristão – a oração.
A oração sincera abre as portas dos céus e são de lá que provém as bênçãos.
Muitos até oram, mas nem todas orações são atendidas.
Temos que ter um relacionamento sincero com o nosso Deus para que possamos aprender a maneira correta na qual devemos orar.
Daniel em sua oração (Daniel 2:21-23) reconhecia perfeitamente os atributos divinos e seu pedido tinha o propósito de salvação – propósito condizente com a missão do Filho de Deus (Lucas 19:10).
Deus atendeu ao clamor de Daniel, clamor este de um justo em meio a muitos ímpios.
Os cristãos são chamados nesta vida a serem o “sal da terra” (Mat. 5:13).
O sal tem a capacidade de preservar. Foi pela vida de Daniel e seus amigos que aqueles homens foram preservados.
Mas o que mais nos deve fascinar é que Daniel tinha todos os motivos para dar o seu recadinho da maneira mais simples – sem tanta autenticidade.
Daniel estava numa terra estranha, sob a subserviência de um poderosíssimo e presunçoso rei, sem nenhum suporte político.
Daniel não temeu em hipótese alguma exaltar e testemunhar do seu Deus.
Principalmente hoje, Deus ainda está ansioso que vozes se levantem em testemunho de Seu poder, de Sua obra na vida do ser humano.
Daniel podia, pela fraqueza de caráter, requerer as honras pela revelação de um fato tão importante e que envolvia tantas pessoas. Mas ainda assim, esvaziou-se totalmente de seus méritos e atribuiu somente a Deus o poder de revelar todos os mistérios e encantamentos.
Daniel então refresca a mente do rei, reproduzindo as imagens em fuga de seu subconsciente (Daniel 2:30-45).
Daniel passou a relatar o sonho de Nabucodonosor, a visão de uma grande estátua que trazia a representação fiel do que aconteceria no futuro.

A Cabeça
Feita de ouro, era Babilônia, reino que perduraria de (626-539 a.C.). Era cabeça pela capacidade intelectual de seus habitantes, dominadores das ciências astronômicas, matemáticas e por impor suas ideologias. O ouro representava o valor e a glória que Nabucodonosor conseguiu agrupar a seu reino. Porém este reino seria substituído por outros que viriam.
O Peito e os Braços
Feitos de prata, seria o reino da Medo-Pérsia (539-331 a.C.) que sucedeu Babilônia. Reino poderoso, mas sem a mesma expressão do anterior.
O Ventre e os Quadris
Feitos de bronze, representava a Grécia com todas as suas filosofias e grande concentradora da atenção em sua época de auge (331-18 a.C.).
As Pernas
Representava o reino de Roma, pernas quem sabe porque foi o reino que mais perseguiram os cristãos. Roma foi um império duro de ser combatido, duro como o ferro – material das pernas. As pernas são partes mais longas num corpo normal, coincidentemente foi o reino, dos citados, que teve maior vigência (168 a.C-476 d.C.).
Os Pés
Não houve um reino específico para suceder Roma, mas como prescrevia a interpretação, o material desta parte da imagem era ferro e barro. Materiais forte e frágil, respectivamente, e, que não se misturam. Isto representa a distribuição geopolítica mundial de nossos dias. Assim como há os países de primeiro mundo, fortes e poderosos economicamente (ferro), há também os países de terceiro mundo, subdesenvolvidos, em constantes dificuldades e que vivem em função das regras estabelecidas pelo países mais fortes. Estes países subdesenvolvidos são o barro do pé da estátua.

Sendo que todas as partes da estátua nos remetem a um tempo cronológico, é válido citar que, se pudéssemos situar-nos na imagem, poderíamos afirmar, sem dúvida que estamos vivendo “na unha da estátua”.
A esperança maior para aqueles que creem no Senhor Deus, talvez algo incompreensível para Nabucodonosor naquela oportunidade, é que todas estas fases seriam “esmiuçadas por uma pedra” (Daniel 2:34).
O vento levaria o entulho e jamais seria visto algum vestígio destes reinos.
O nosso Senhor Jesus é a rocha eterna, a pedra angular (Salmos 18:2, 118:22).
Assim como na profecia, “sem auxílio de mãos”, sem interferência do elemento humano, o reino do Senhor virá dos céus, e preencherá o vazio deixado pelo desaparecimento de toda maldade. O reino do Senhor, a pedra, se transformará numa montanha que preencherá todo o lugar vazio.
Só o reino de Deus pode preencher o vazio de seu coração.
O seu reino é eterno e duradouro como a montanha, assim também é o favor de Deus em sua vida.
Basta que você compreenda a grandeza de Seu amor. Alguém que deixou suas honras no céu a fim de compadecer-se neste mundo pelo ser humano.
O rei Nabucodonosor teve que pastar por um longo período como um animal no campo para só assim reconhecer a grandeza do Criador e Salvador de todo ser.
Mas você não precisa passar pelo que ele passou.
Entregue as veredas da tua vida ao Salvador e Ele as transformará em caminhos e canais de bênçãos para muitas pessoas.
Deus age dos mais diversificados modos, a fim de redimir sua criação.
Mas o Seu objetivo é um só – viver contigo eternamente.
Deus tem seu jeito certo agir em qualquer época neste mundo, mas muitos hesitam em dar guarida para Sua palavra.
Cultive um relacionamento sólido e sincero com o nosso Deus.
Converse com Ele, use Sua Palavra e verás que Ele é o seu melhor amigo.
Que Deus possa confirmar a decisão do teu coração.

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