Deus havia prometido a Abraão a
vistosa terra de Canaã (Gênesis 13:14-18).
A promessa era extensiva à
descendência deste patriarca que não teve a oportunidade de adentrar nesta
terra, só seus olhos a viram.
Muitos anos depois, Moisés, líder
da descendência de Abraão estaria preste a usufruir dessa aliança.
Então doze homens foram enviados a
tão almejada terra, devendo trazer um relatório minucioso sobre o solo, o
clima, a vegetação, além de trazer um fruto como prova veraz de seus relatórios.
Foram tragos de Canaã cachos de
uvas que eram necessários dois homens para carrega-los.
Quarenta dias de
observações se passaram e aqueles doze homens voltaram incumbidos de retratar a
terra da promessa.
O assunto era de interesse de
todos.
Mostraram o fruto e em seguida
descreveram a terra como lugar que “mana leite e mel” (Números 13:27).
O povo se empolgou, afinal foi
para isso que Moisés os havia tirado do Egito.
Todos queriam o mais breve poder
possuir tal terra como herança.
Porém, logo mais começou a
descrição das dificuldades a serem enfrentadas.
Assim descreveu os espias, com
exceção de dois: povo poderoso, cidades mui grandes e fortificadas, habitadas
pelos inimigos do povo de Deus, cheias de gigantes.
O entusiasmo foi permutado pelo
medo, a esperança pela incredulidade, o ânimo pela covardia.
Satanás luta em colocar estas
coisas no coração do ser humano.
Foi Deus quem havia prometido
esta terra, mas pelo relatório covarde de alguns homens toda a confiança se
desmoronou.
É criteriosa a construção de uma
confiança, mas como pode ser facilmente abalada!
Além da promessa de Deus, havia o
povo já esquecido que o próprio Deus os havia miraculosamente livrado das mãos
de Faraó, transposto o mar vermelho, sendo tragado pelo mar seus inimigos.
O poder de Deus é facilmente
banido do coração humano quando preferimos apegar à incredulidade.
O espírito de acusação, perfil de
Satanás, preenche nossa mente, assim como o povo acusou Moisés de tê-los
enganados.
Preferiam descer de volta ao
Egito da servidão do que subir à Canaã da gloriosa herança.
Muitos hoje preferem o Egito, o
mundo da escravidão, do que o céu que nos será dado por herança.
Mas no momento mais crítico e
angustiante Deus faz sua voz levantar e então Calebe, um dos doze, irrompe o
tumulto e diz: “Eia, subamos e possuamos
a terra, porque certamente prevaleceremos contra ela” (Números 13:30).
Mas os dez pessimistas pintaram
ainda quadro mais negros sobre a terra, dizendo ser terra que devorava seus
moradores e cheias de gigantes.
Quero dizer neste momento, é mais
fácil acreditar na maioria, como acreditou aquele povo.
Muitos preferiram ter morrido no
Egito como escravo do que requerer sua herança.
Muitos acreditam que receberão a
herança do Senhor de maneira fácil.
Mas não é bem assim, a herança está garantida, mas é preciso vencer os desafios.
Muitos entusiasmam-se com o
fruto, mas desanimam-se com os gigantes.
Quais são os gigantes que hoje
desanimam sua subida à Canaã?
Será o gigante do comodismo, do
mundanismo, das falsas amizades, da prostituição, da ignorância, da insensatez,
da falta de amor, da falta de perdão, da incompreensão, da pressão de grupo,
das crises nos relacionamentos, da bebida, da televisão, da internet e tantos outros
gigantes que poderia enumerar.
Pode parecer difícil, mas Josué e
Calebe entre os doze, preferiam enfrentar os gigantes.
É bem mais fácil se dar por
vencido como a maioria.
Ser diferente, ser minoria, ser
pressionado, ser ignorado, enfrentar os gigantes e ter fé na vitória faz parte
da vida daqueles que se submetem àquilo que Deus já prometeu um dia.
Lembre-se que as dificuldades e
intempéries valorizam nossa jornada.
Os gigantes sempre existirão para
nos assombrar, mas o que Deus já fez por você é o suficiente para que tenha a
confiança de nada pode prevalecer contra você.
Que os gigantes de nossa vida
possam ser dissolvidos pelos méritos de nosso Senhor Jesus Cristo.
Era uma vez uma indústria de
calçados aqui no Brasil que desenvolveu um projeto de exportação de sapatos
para a Índia e então mandou dois de seus consultores a pontos diferentes do
país para fazer as primeiras observações do potencial daquele futuro mercado.
Depois de alguns dias de
pesquisas, um dos consultores enviou um fax para a direção da empresa com o seu
parecer:
“Senhores, cancelem o projeto de
exportação de sapatos para a Índia. Aqui ninguém usa sapatos”.
Sem saber desse fax, o segundo
consultor também enviou sua opinião alguns dias depois:
“Senhores, tripliquem o projeto
de exportação de calçados para a Índia. Aqui ninguém usa sapatos ainda”.
Uma mesma situação pode ser um tremendo obstáculo para alguns, mas pode
ser também uma fantástica oportunidade para outros.
Há um dito que diz: “Os tristes
acham que o vento geme, os alegres acham que ele canta”.
O mundo é como um espelho que
devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos.
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