25 de outubro de 2013

Por que Preciso Perdoar? (Parte 1)

O perdão nasceu no coração de Deus.
Após o pecado a primeira atitude de Deus foi procurar o homem para perdoá-lo.
Todavia, o ser humano não tem a mesma disposição natural para perdoar.
Deus nos amou quando ainda éramos pecadores (ver Romanos 5:8).
É importante sabermos que o perdão está disponível ao homem antes mesmo de sua mudança de vida!
No mundo em que vivemos parece que o perdão foi substituído pelo “canhão” e pelas “bombas”.
E esta é uma analogia aplicável não somente ao poderio bélico das grandes nações, mas aos nossos relacionamentos também.
Preferimos quase sempre a hostilidade à força do perdão!
É notório que o perdão é um assunto fácil de ser argumentado, porém dificílimo de se viver.
O ser humano não aprecia perdoar.
A morfologia da palavra “PERDÃO” no sugere algo: “PERDER”.
Quem perdoa precisa perder algo.
Deus para perdoar o ser humano teve que abrir mão do seu filho Jesus.
E para perdoarmos o nosso semelhante, muitas vezes, temos que abrir mão de nossas razões, de nosso conforto, de nossos sentimentos e de nossa perspectiva.
Ainda que seja doloroso exercitarmos esta prática, este ainda é o melhor caminho.
O mesmo caminho que Jesus trilhou na cruz quando disse: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34).
O perdão nos liberta de muitas agruras da alma.
Somos os mais penalizados quando escolhemos não perdoar.
O rancor é como um câncer que vai corroendo os sentimentos positivos da vida, causando doenças não somente emocionais, mas também enfermidades físicas e espirituais.
O perdão deve existir sempre em nossos relacionamentos.
Todos nós somos pecadores e carecemos da misericórdia e perdão de Deus (ver Romanos 3:23).
Sem o perdão de Deus não temos a menor chance de sermos salvos.
A cruz de Cristo é o símbolo maior do perdão.
E a cruz nos ensina algo maravilhoso: a haste vertical é a maior e interliga simbolicamente o céu à terra.
Na angústia de Jacó, deitado sobre um travesseiro de pedras e com a consciência pesada por seus erros, ele pôde ver uma escada que ligava o céu à terra com anjos de Deus subindo e descendo (ver Gênesis 28:10-12).
Ali Jacó sentiu o alento de Deus!
A cruz de Cristo ligou o céu a nós. E isto é um grande privilégio!
Entretanto, a cruz também tem uma haste horizontal e isto nos demanda uma grande responsabilidade.
Devemos perdoar uns aos outros!
Aqui o sapato começa apertar.
É fácil perdoar uma traição? Não!
Mas Deus espera que perdoemos uns aos outros.
Você já parou para meditar nas palavras da oração do “Pai Nosso”?
Falamos quase sempre inconscientemente: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como temos perdoado aos nossos devedores” (Mateus 6:12).
A verdade latente é que o perdão de Deus, algo indispensável para a nossa salvação, depende da maneira que perdoamos ao nosso próximo.
Alguém pode dizer: “cansei de confiar!”.
Já pensou se Deus cansasse de você?
Quantas vezes pedimos perdão e voltamos a cair no mesmo erro?
Deus nos perdoa e lança os nossos pecados nas profundezas do mar (ver Miquéias 7:19).
Alguém de maneira bem humorada comentou esse verso dizendo que Deus ainda pôs uma plaquinha: “é proibido pescar!”.
O exemplo de perdão divino deve ser o modelo a ser praticado em nossos relacionamentos.
Então por que não cansamos de jogar na cara do outro aquilo que dissemos já ter perdoado?
Algumas pessoas afirmam terem perdoado as outras, mas nunca se esquecem.
Essas pessoas enterraram o machado, mas deixam o cabo do lado de fora.

Esquecer, na perspectiva humana, não significa uma amnésia de fatos passados, mas uma atitude positiva determinante para o futuro. 

Um comentário:

  1. Lendo suas palavras, percebi que preciso realmente perdoar alguns fatos/pessoas... que pela magoa que ainda trazem ao meu coração vejo que eu mesma é quem sofro mais...não sei se consigo... :(

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