9 de dezembro de 2015

Dois Jesus

Pilatos tinha a autoridade para julgar qualquer acusado de crime contra a ordem romana.
Mas como Jesus era galileu e Pilatos queria estreitar politicamente as relações com Herodes, acabou enviando Jesus para ser julgado por este tetrarca.
Pilatos trocou a seriedade da justiça por uma conveniência política.
Herodes mais que ninguém conhecia o bom trabalho de Jesus e, pedindo-lhe um sinal em troca da liberdade, não foi atendido.
Herodes trocou a justiça por um capricho pessoal.
Então Jesus foi mandado de volta a Pilatos, ao passo que lhe perguntou: “És tu o rei dos judeus?” (Mateus 27:11).
Pilatos esperava ter o seu trabalho facilitado, esperando que Jesus se complicasse, mas Jesus só respondeu “tu o dizes”.
Isto alvoroçou a multidão, principalmente os anciãos e sacerdotes, mas Jesus nada respondeu.
Temos tido espírito de mansidão diante das adversidades?
Jesus estava cumprindo a profecia de Isaías 53:7, que dizia que Ele não abriria a sua boca.
Na vida temos o momento de falar, como Jesus falou por três anos e meio e temos o momento de calarmos também.
Pilatos impressionou-se com a cena e desencadeou-se um conflito em seu coração.
Diante de Jesus passaremos por conflitos em nossas vidas.
Mas uma escolha devemos tomar!
Aquela era a época da páscoa, onde anualmente era solto um prisioneiro de crimes leves, pelo seu bom comportamento.
O povo judeu vivia oprimido pelo jugo romano.
É terrível viver escravizado.
Uma sequência de erros, ao longo de anos e de reinados, fez com que esta situação se tornasse inevitável.
O povo judeu sonhava com a liberdade.
Liberdade é o sonho de toda criatura!
Jesus é a verdadeira liberdade!
O povo judeu sabia pelos profetas que Deus, em algum tempo da história, enviaria um salvador.
Na cultura oriental o “nome” de qualquer pessoa tinha grande importância e simbolismo.
Cada nome tinha um significado e o que correspondia a “salvador” era Jesus.
Com o apontamento das profecias para o nascimento do salvador, as mães começaram a colocar em seus filhos o nome Jesus.
E assim nasceu um menino que recebeu o nome de Jesus Barrabás.
Barrabás cresceu influenciado pela pressão de ser um salvador.
Um salvador político que logo se tornou uma ameaça à sociedade e um criminoso de alta periculosidade.
Barrabás era um homicida e ladrão.
Pilatos, embora tivesse poder, era na verdade um fraco covarde.
Aproveitou a tradição para trazer Barrabás a concorrer a anistia com Jesus.
Pilatos não teve coragem de assumir e fazer o correto.
Eis que diante do povo estavam dois Jesus.
Um Jesus que trouxe visão aos cegos, alento aos atormentados e liberdade do pecado aos sofredores.
O outro Jesus destruiu vidas, ameaçou esperanças e prometia liberdade do poder romano.
A quem o povo devia escolher?
O povo escolheu Barrabás!
Parece absurdo, mas a maioria é levada a fazer a mesma escolha hoje.
O covarde Pilatos ainda teve um toque, porque o Espírito Santo trabalha com as pessoas.
Sua mulher, chamada Claudia, mandou um recado do céu.
Dizia ela: “Não te envolvas com este justo, porque hoje em sonho, muito sofri por seu respeito” (Mateus 27:19).
Um anjo visitou a Claudia e ela pode ver um resumo do plano da salvação e a imagem de Jesus na cruz.
Ela viu-o em seu julgamento, viu a cruz, viu a escuridão da terra, viu uma nuvem branca e os assassinos de Jesus fugindo de sua glória.
Neste momento, um homem paralítico há 38 anos, um cego, leprosos e uma mulher hemorrágica testemunharam a favor de Jesus.
Pilatos tremeu, mas não fez a coisa certa.
Não adianta estar convencido, é preciso fazer a coisa certa.
Pilatos se sentiu mais pressionado.
Escolher Jesus nos traz pressões, mas não podemos ser covardes.
Pilatos tentou contemporizar a situação.
Escolher Jesus é algo drástico, ou o escolhemos por inteiro ou o rejeitamos.
Que farei eu de Cristo então? Pilatos perguntou.
O que você fará de Cristo hoje?
Pilatos queria sair bem lavando a suas mãos.
Este é o ridículo pecado da omissão.
Lavar as mãos significava absolvição.
Mas neste caso foi condenação.
Pilatos morreu com remorsos e num suicídio.
Quando Jesus está diante de nós nunca mais seremos os mesmos.
O povo pediu que o sangue de Jesus caísse sobre eles e este sangue caiu.
Qual é a sua decisão? Lavar as mãos?

Prefira lavar as suas vestes no sangue de Jesus.


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