O
francês Antoine Lavoisier (1743-1794), pai da Química Moderna cunhou a
popularíssima frase: “Na natureza nada se perde, tudo se transforma”.
Nunca
houve uma época tão oportuna para se falar isto como hoje.
No
mundo empresarial a palavra “reciclagem” está em voga.
Recicla-se
alumínio, papel, plástico, executivos, funcionários, professores, etc.
Às
vezes compramos objetos de material reciclado achando que é novo!
Jeremias 18:1-6 diz:
“Palavra
do SENHOR que veio a Jeremias, dizendo: Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e
lá ouvirás as minhas palavras. Desci à casa do oleiro, e eis que ele estava
entregue à sua obra sobre as rodas. Como o vaso que o oleiro fazia de barro se
lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu. Então,
veio a mim a palavra do SENHOR: Não poderei eu fazer de vós como fez este
oleiro, ó casa de Israel? - diz o SENHOR; eis que, como o barro na mão do
oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.”
Esta
é a reciclagem que Deus precisa fazer no ser humano.
Israel
havia escolhido afastar-se de Deus. Aquela era uma época de marasmo e frieza
espiritual.
As
pessoas só queriam saber de satisfazerem seus próprios interesses, gostos e
preferências.
Será
que a nossa realidade tem sido muito diferente daqueles dias?
Graças
a Deus que a iniciativa do rompimento com o laço da apatia espiritual não é
nossa.
É
Deus quem toma a iniciativa pelo nosso despertamento!
Deus
pediu a Jeremias que descesse à casa do oleiro (Jeremias 18:2).
A
nossa corrompida condição espiritual só nos faz descer na vida.
Mas
Deus sempre disponibilizou meios para descer ao nosso encontro.
É
Deus quem toma a iniciativa pela nossa salvação.
O
trabalho de um oleiro era algo de grande valor.
Um
oleiro moldava vasos para o ornamento de palácios reais.
Muitas
vezes um oleiro confeccionava vasilhames para o acondicionamento de perfumes ou
substâncias de grande valor.
Vasos
também eram feitos para a conservação de escritas para a posteridade.
O
trabalho de um oleiro era um ofício de habilidade artesanal.
Com
a arte de suas mãos dava a forma desejada a uma matéria bruta e informe.
O
equipamento usado em seu ofício era rústico – o que valoriza ainda mais o
produto alcançado.
Com
rodas movidas pelos pés, o artista girava a matéria que ia ganhando forma ao
contato de suas mãos.
Esta
foi a visão que Jeremias teve ao chegar à olaria.
Visão
simples, mas extremamente valiosa.
Vasos
que eram feitos de barro – feitos de um material sem valor.
Esses
vasos representam a cada um de nós, seres formados do pó da terra (ver Gênesis
2:7).
Conforme está ressaltado no texto de Isaías 64:8: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai; nós somos o barro, e tu o
nosso oleiro; e todos nós obra das tuas mãos”.
Há
pessoas que acham que são feitas de ouro, porcelana ou outro material de
requinte, haja vista toda a pompa estampada, mas todos nós somos formados do
barro – um material sem valor.
Mas
o valor de um vaso não está no barro, mas no toque de quem o moldou.
Todos
nós fomos moldados pelas mãos do próprio Deus.
É
um privilégio termos sobre nós as digitais dos dedos de Deus!
O
artista é quem tira o barro da mediocridade e agrega-lhe um alto valor.
Mas
nunca nos esqueçamos de que o barro é um material frágil, assim como são os
nossos sonhos, os nossos projetos e a nossa vida.
A
nossa fragilidade deve ser a oportunidade para Deus operar em nós a sua
vontade.
O
barro também não tem querer.
Deus,
através de Isaías, questionou: “...porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes?” (Isaías 45:9).
Muitas
vezes, os vasos eram feitos para acondicionarem produtos importantes e valiosos
que excediam o seu próprio valor.
Assim
também, somos chamados a sermos templo da habitação do próprio Espírito de
Deus.
Somos
beleza no palácio do Rei do Universo.
Somos
de barro, é verdade, mas o toque das mãos de Deus faz-nos seres de valor
inestimável.
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