9 de dezembro de 2013

Reciclagem Essencial (Parte 1)

O francês Antoine Lavoisier (1743-1794), pai da Química Moderna cunhou a popularíssima frase: “Na natureza nada se perde, tudo se transforma”.
Nunca houve uma época tão oportuna para se falar isto como hoje.
No mundo empresarial a palavra “reciclagem” está em voga.
Recicla-se alumínio, papel, plástico, executivos, funcionários, professores, etc.
Às vezes compramos objetos de material reciclado achando que é novo!

Jeremias 18:1-6 diz: Palavra do SENHOR que veio a Jeremias, dizendo: Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras. Desci à casa do oleiro, e eis que ele estava entregue à sua obra sobre as rodas. Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu. Então, veio a mim a palavra do SENHOR: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? - diz o SENHOR; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.

Esta é a reciclagem que Deus precisa fazer no ser humano.
Israel havia escolhido afastar-se de Deus. Aquela era uma época de marasmo e frieza espiritual.
As pessoas só queriam saber de satisfazerem seus próprios interesses, gostos e preferências.
Será que a nossa realidade tem sido muito diferente daqueles dias?
Graças a Deus que a iniciativa do rompimento com o laço da apatia espiritual não é nossa.
É Deus quem toma a iniciativa pelo nosso despertamento!
Deus pediu a Jeremias que descesse à casa do oleiro (Jeremias 18:2).
A nossa corrompida condição espiritual só nos faz descer na vida.
Mas Deus sempre disponibilizou meios para descer ao nosso encontro.
É Deus quem toma a iniciativa pela nossa salvação.

O trabalho de um oleiro era algo de grande valor.
Um oleiro moldava vasos para o ornamento de palácios reais.
Muitas vezes um oleiro confeccionava vasilhames para o acondicionamento de perfumes ou substâncias de grande valor.
Vasos também eram feitos para a conservação de escritas para a posteridade.
O trabalho de um oleiro era um ofício de habilidade artesanal.
Com a arte de suas mãos dava a forma desejada a uma matéria bruta e informe.
O equipamento usado em seu ofício era rústico – o que valoriza ainda mais o produto alcançado.
Com rodas movidas pelos pés, o artista girava a matéria que ia ganhando forma ao contato de suas mãos.
Esta foi a visão que Jeremias teve ao chegar à olaria.
Visão simples, mas extremamente valiosa.
Vasos que eram feitos de barro – feitos de um material sem valor.
Esses vasos representam a cada um de nós, seres formados do pó da terra (ver Gênesis 2:7).
Conforme está ressaltado no texto de Isaías 64:8: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai; nós somos o barro, e tu o nosso oleiro; e todos nós obra das tuas mãos”.
Há pessoas que acham que são feitas de ouro, porcelana ou outro material de requinte, haja vista toda a pompa estampada, mas todos nós somos formados do barro – um material sem valor.
Mas o valor de um vaso não está no barro, mas no toque de quem o moldou.
Todos nós fomos moldados pelas mãos do próprio Deus.
É um privilégio termos sobre nós as digitais dos dedos de Deus!
O artista é quem tira o barro da mediocridade e agrega-lhe um alto valor.
Mas nunca nos esqueçamos de que o barro é um material frágil, assim como são os nossos sonhos, os nossos projetos e a nossa vida.
A nossa fragilidade deve ser a oportunidade para Deus operar em nós a sua vontade.
O barro também não tem querer.
Deus, através de Isaías, questionou: “...porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes?” (Isaías 45:9).
Muitas vezes, os vasos eram feitos para acondicionarem produtos importantes e valiosos que excediam o seu próprio valor.
Assim também, somos chamados a sermos templo da habitação do próprio Espírito de Deus.
Somos beleza no palácio do Rei do Universo.

Somos de barro, é verdade, mas o toque das mãos de Deus faz-nos seres de valor inestimável.

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